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Dilma cobra na ONU fim do arsenal nuclear mundial

Por Da Redação
22 set 2011, 20h37

Por Lisandra Paraguassu

Nova York – A presidente Dilma Rousseff cobrou hoje, nas Nações Unidas, o fim do arsenal nuclear mundial e lembrou que a segurança das armas estocadas pode ser, hoje, um risco maior do que o uso do urânio enriquecido para ser usado em fins pacíficos. Na sua última reunião na Assembleia Geral, Dilma lembrou que praticamente todo esse arsenal pertence a países desenvolvidos, mas não é sujeito a nenhuma fiscalização.

“O urânio altamente enriquecido nos arsenais das potências nucleares alcança 2.000 toneladas, equivalente a 12 anos de toda extração mundial do minério. A segurança desse acervo militar nuclear merece tanta consideração quanto a dos materiais utilizados para fins pacíficos”, afirmou a presidente, ao cobrar fiscalização para ambos. “É imperativo ter no horizonte previsível a eliminação completa e irreversível das armas nucleares. A ONU deve preocupar-se com isso”, disse.

O mandato da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), dentro do tratado de não-proliferação de armas nucleares – deixa de fora a fiscalização dos arsenais nucleares e se concentra apenas no enriquecimento de material nuclear, que pode ser usado tanto para fins pacíficos – especialmente a geração de energia – quanto para a produção de novas armas. A preocupação da agência é que não sejam fabricadas mais armas nucleares, especialmente em países inseguros como o Irã.

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Os arsenais existentes hoje, no entanto, são responsabilidade única e exclusiva de seus donos. A maioria está nas mãos dos Estados Unidos e da Rússia, remanescentes da guerra fria. Dilma lembrou, em seu discurso, que há indícios sérios de deterioração no estado de conservação deste arsenal e no seu manejo, aumentando o risco de acidentes.

“Estudos apontam a deterioração no estado de conservação e de manuseio desse material, sem falar da ameaça permanente que essas armas de destruição em massa apresentam para a Humanidade. Cortes orçamentários exacerbados pela crise econômica do passado, adiamento de programas de manutenção e modernização de ogivas, perda de pessoal qualificado são fatores de alto risco”, afirmou.

A reunião de chefes de Estado sobre segurança nuclear, hoje nas Nações Unidas, foi o último compromisso oficial da presidente em Nova York.

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