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Dia de greve termina com quase 500 ônibus depredados

Rodoviários que cruzaram os braços ameaçaram - até com armas de fogo - quem queria trabalhar. Resultado: só 24% da frota da cidade foi para as ruas

Por Da Redação
8 Maio 2014, 19h22

(Atualizado às 20h)

O dia de transtorno e tumulto para os usuários de ônibus do Rio de Janeiro terminou com 467 ônibus depredados em toda a cidade. O balanço, divulgado no início da noite desta quinta-feira, é do Sindicato das Empresas de Ônibus (Rio Ônibus). A maior parte das ocorrências é por quebra de para-brisas, janelas e retrovisores. A área da cidade mais afetada é a Zona Oeste, especialmente os bairros da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá.

A greve dos rodoviários teve início à 0h desta quinta, com promessa de durar 24 horas – o que, segundo a categoria, será cumprido. Por causa dos ataques e também pela falta de funcionários, apenas 24% da frota da capital fluminense circulou. Ainda de acordo com o Rio Ônibus, funcionários que tentaram trabalhar normalmente chegaram a ser ameaçados até por homens armados. Uma cobradora da Viação Acari foi ferida com uma pedrada jogada por manifestantes.

“O movimento grevista interrompeu a operação dos ônibus, recorrendo à violência, intimidando os motoristas com armas de fogo, pedras e barras de ferro. Os veículos que saíam das garagens tinham seus parabrisas, retrovisores e janelas quebrados. Os consórcios Internorte, Santa Cruz, Intersul e Transcarioca orientaram as empresas a registrar os danos sofridos na polícia, para que os responsáveis sejam identificados”, disse o sindicato, em nota, acrescentanto que entrou com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho para que a paralisação seja considerada abusiva.

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No fim da manhã, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) disse que poderia até reincidir o contrato com as empresas de ônibus caso não fossem colocados pelo menos 70% da frota nas ruas, como consta na concessão do serviço. Ele afirmou que as reivindicações dos grevistas devem ser tratadas com os empresários, já que eles não são funcionários da prefeitura. Paes também pediu apoio da PM para evitar novas depredações de coletivos.

Acordo – O Rio Ônibus informou ter concedido 10% de reajuste salarial e 40% de aumento na cesta básica aos rodoviários que trabalham na cidade do Rio, em acordo firmado com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sintraturb). “O acordo, que é retroativo ao dia 1º dia de abril, foi o maior concedido a rodoviários em todo o país, o que contribui para melhorar as condições de trabalho dos cerca de 40.000 profissionais que serão beneficiados com a medida”, informou, em nota.

Os grevistas reivindicam um aumento de 40% no salário, além de cesta básica de 400 reais. Também exigem o fim da dupla função – quando motoristas trabalham também como cobradores nos coletivos. Um pequeno grupo se reuniu no Centro do Rio, na tarde desta quinta, para discutir a paralisação. Uma nova manifestação está marcada para esta sexta, na Candelária, a partir das 15 horas. Eles devem sair em caminhada, mas o percurso não foi divulgado.

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(Com Estadão Conteúdo)

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