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Destino de Gil Rugai deve ser definido nesta sexta-feira

Dia será marcado por explanações da acusação e da defesa. Depois, jurados se reunião para definir sentença

Por Luciano Bottini Filho
22 fev 2013, 07h46

O julgamento de Gil Rugai, de 29 anos, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004, entra na reta final nesta sexta-feira. Terminada a fase de oitivas das testemunhas, o dia será marcado pelas sustentações orais da acusação e da defesa. Depois, os jurados se reunirão para decidir se o réu é culpado ou inocente. A sentença deve, portanto, sair até o final do dia.

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O Ministério Público terá uma hora e meia para convencer os jurados de que Gil Rugai cometeu o crime. Então, falarão os advogados de defesa. Os promotores poderão ainda solicitar uma réplica e os advogados do réu, a tréplica. Terminadas as explanações, os jurados seguem para uma sala reservada, em que responderão a um questionário fornecido pela Justiça – no documento, definirão o destino do réu.

Um dos advogados de Rugai, Marcelo Feller disse que a defesa apontará para o júri outro suspeito da morte de Luís Carlos e Alessandra. Seria um ex-funcionário da produtora de vídeo das vítimas, demitido um ano antes do crime, mas que seguia prestando serviços para a empresa na época do assassinato. Segundo Feller, esse funcionário e Gil Rugai eram as únicas pessoas que tinham a chave da porta por onde entrou o assassino na noite do crime. Além disso, a empresa de Luís Carlos teria uma dívida trabalhista de 600.000 reais com o empregado.

A acusação afirmou a estratégia da defesa é “temerária” e mostra “desespero”. “No meu entendimento, seria obrigação deles ter trazido essa pessoa [o funcionário] para o plenário. A justificativa é que eles não conseguiram localizá-lo. Não é possível não localizar alguém que inclusive entrou com uma ação trabalhista”, comentou o assistente de acusação, Ubiraja Mangini. Segundo ele, o promotor irá apresentar em sua sustentação oral uma narrativa cronológica para comprovar que Gil Rugai estava no local do crime.

Depoimento – Na quinta-feira, Gil Rugai falou primeira vez diante do júri, alegou inocência e se recusou a responder aos questionamentos do Ministério Público. No interrogatório, que durou cerca de três horas, o réu admitiu ter sido demitido “pelo menos dez vezes” da empresa do pai, mas negou a autoria do crime. “Não fui eu, não sei quem foi (o assassino)”, disse ao juiz.

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Já às perguntas do promotor Rogério Zagallo, Rugai foi aconselhado pela defesa a não responder. “Você está sendo usado pela promotoria”, afirmou o advogado Marcelo Feller. Nesse momento, o réu pediu para ir ao banheiro, e a sessão foi interrompida. No retorno, o promotor pediu ao juiz que registrasse em ata as perguntas que faria ao réu, mas o pleito foi recusado.

A defesa apresentou ao júri uma prova desconhecida de Gil Rugai: o rastreamento de chamadas do seu celular antes das mortes. Um funcionário da empresa disse à polícia que o réu brigou com o pai em uma reunião poucos dias antes do crime. No interrogatório, a defesa mostrou uma chamada telefônica que Rugai fez do seu escritório para o pai na produtora, supostamente no horário em que os dois teriam se reunido e se desentendido. Ambos teriam se encontrado em um restaurante horas depois. “Você deveria ter mostrado isso antes. Eu teria ficado aliviado”, disse Rugai ao advogado.

Rugai responde pela morte do pai, Luís Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, em uma casa na capital paulista, em 2004. De acordo com a acusação, Rugai foi flagrado em um esquema de desvio de dinheiro da produtora de vídeos do pai, o que motivou o crime.

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