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Desastre no Pantanal: chamas ameaçam maior reserva privada do país e hotel

Um dos maiores desastres ambientais na região nos últimos anos, fogo já consumiu mais de 1 milhão de hectares no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 ago 2020, 14h07 - Publicado em 11 ago 2020, 12h04

A maior reserva particular do país, a RPPN Sesc Pantanal, já perdeu 35.000 dos 108.000 hectares que possui para as queimadas que avançam sem trégua sobre o Pantanal, bioma característico do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na segunda, 11, as chamas quase atingiram o hotel da área, o Porto Cerrado, onde estão abrigados cerca de 200 homens das Forças Armadas, Corpo de Bombeiros, Ibama e funcionários que combatem o fogo no local.

Como as labaredas estavam se alastrando rapidamente por terra, foi preciso acionar aeronaves da Força Aérea Brasileira que jogaram litros de água sobre a estrutura hoteleira, que estava a cerca de 700 metros da queimada. Um brigadista chegou a passar mal por causa da fumaça. Ele foi socorrido e, felizmente, agora está bem.

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O clima seco aliado a incêndios criminosos para abertura de pasto ou queima de lixões tem alimentado as queimadas no Pantanal. Nos últimos dias, o Mato Grosso já teve 100.000 hectares destruídos – 35.000 dele só na reserva ambiental do Sesc. A destruição é muito maior no vizinho Mato Grosso do Sul, onde o problema começou. Somando os estragos até agora nos dois estados, perderam-se mais de 1 milhão de hectares na região, segundo cálculos do Ibama.

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Situada no município de Poconé (MT), a reserva é rodeada por fazendas de gado e tribos indígenas – ela mesmo já foi uma área de propriedades rurais, que acabaram sendo desativadas há 24 anos. Duas frentes de fogo, uma vinda do sul e outra do norte, teriam se encontrado no início de agosto e se alastrado pela região.

O hotel Porto Cerrado é um dos mais disputados da região – no ano passado, recebeu 30.000 hóspedes. Mas em 2020 teve que fechar as portas por causa da pandemia de Covid-19. A expectativa era retornar na próxima, o que deve ser adiado novamente, desta vez por causa das queimadas.

A vegetação do Pantanal costuma se recuperar bem de incêndios – já houve dois grandes na área nos anos de 1998 e 2011 -, mas acaba vitimando a fauna local, que é extremamente rica, de tamanduás a lobos-guará. Desde o início de agosto, os moradores da região, o que inclui a capital Cuiabá, tem acordado com uma névoa espessa da fumaça que sobe das queimadas.

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