Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Deputada do PSOL compara ‘caixinha’ ao dízimo de igrejas

Acusada de participar de um esquema de caixa 2 para campanha e de exigir doações de assessores, Janira Rocha negou ter cobrado parte dos salários de funcionários de seu gabinete na Alerj

Por Da Redação
26 nov 2013, 17h10

Acusada de arquitetar um esquema de caixa 2 na campanha de 2010, desviando recursos de um sindicato de servidores, e de cobrar parte dos salários de funcionários de seu gabinete, a deputada estadual do Rio de Janeiro, Janira Rocha, do PSOL, negou que houvesse em seu gabinete a prática conhecida como “cotização”. O termo, como o caso trouxe à tona, é sinônimo da contribuição em cotas destinada a custear gastos do partido, usando parte dos salários de indicados para cargos públicos. A deputada, que enfrenta processo administrativo, prestou depoimento de cerca de três horas na manhã desta terça-feira, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

“A cotização, como é entendida aí fora, que é um crime com uso do dinheiro público e coação para doações, não existia. O que existia era uma colaboração voluntária de militantes no MTL, que é uma corrente do PSOL, para a manutenção do partido”, disse Janira, após o depoimento na Corregedoria da Alerj.

A deputada, que voltou à Alerj nesta terça-feira após dois meses de licença médica, afirmou que não há provas formais e materiais de que os funcionários lotados em seu gabinete eram obrigados a destinar parte dos salários ao partido. “Se você faz parte de uma igreja, você vai pagar dízimo. Se você é de um movimento, você também vai pagar uma contribuição. Só que no movimento é diferente, ninguém vai te obrigar. No MTL, que é o movimento social ao qual algumas dessas pessoas pertenciam, nós pagávamos a contribuição eventualmente. Eu, por exemplo, pago todo mês”, disse a deputada.

Dossiê – As denúncias de irregularidades contra a deputada surgiram depois que dois ex-assessores foram presos tentando vender um dossiê com informações contra Janira, que na época era presidente do diretório estadual do PSOL. Antes de tentar negociar o material com a também deputada Cidinha Campos (PDT), que chamou a polícia para prender os dois homens, os ex-assessores teriam chantageado Janira.

“Fui até aconselhada por pessoas do partido a me curvar para pagar 20 mil reais para que o dossiê não fosse liberado para evitar escândalos. Mas não aceitei porque tenho confiança de que não estou envolvida em maracutaia”, disse Janira.

Continua após a publicidade

Leia também:

Chico Alencar defende o afastamento de Janira Rocha do PSOL

Deputada do PSOL é suspeita de cobrar parte do salário de funcionários

Cassação de deputada do PSOL no Rio é ‘inevitável’

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.