Denunciados pela morte de Marielle não devem falar em depoimento
Após comparecerem à Delegacia de Homicídios do RJ, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz seguirão para o presídio de Bangu 1
Detidos desde a última terça-feira 12, os dois denunciados pela morte da vereadora Marielle Franco, Ronnie Lessa e Elcio Queiroz, chegaram na tarde de quinta-feira 14 à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca (zona oeste), após participarem de audiência de custódia em que a Justiça decidiu mantê-los presos.
Lessa e Queiroz vão prestar depoimento sobre o assassinato de Marielle, mas isso só deve ocorrer na manhã desta sexta-feira, 15. A expectativa é que os dois permaneçam em silêncio, como a lei permite, sem responder a nenhuma pergunta dos policiais civis.
Após os depoimentos, Lessa e Queiroz devem ser recolhidos ao presídio de Bangu 1, no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
Nas investigações sobre as mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes, no entanto, Lessa é apontado como autor dos treze disparos. Queiroz, por sua vez, estaria ao volante do Cobalt Prata. Lessa e Élcio também foram denunciados pela tentativa de assassinato de Fernanda Chaves, a assessora da vereadora que também estava no carro mas sobreviveu ao ataque.
Os advogados de Lessa e Queiroz dizem que seus clientes são inocentes. Eles descartaram a hipótese de seus clientes fazerem uma delação premiada para apontar os mandantes do crime – hipótese levantada pelo governador do Rio, Wilson Witzel.