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Demóstenes diz no Senado que não é mentiroso

Por Da Redação
9 jul 2012, 17h04

Por Ricardo Brito

Brasília – A dois dias da votação secreta do processo que pode levá-lo à cassação, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) afirmou nesta segunda-feira que não mentiu da tribuna do Senado no dia 6 de março, quando fez seu primeiro pronunciamento em plenário. Na ocasião, ele admitiu manter apenas uma relação de amizade com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Segundo Demóstenes, nenhuma das acusações a que responde configura quebra de decoro parlamentar, passível de perda de mandato. O senador de Goiás reafirmou que era amigo de Cachoeira e que recebeu presentes, como um fogão e uma geladeira de casamento. Os presentes, ressaltou, não trouxeram qualquer “vantagem indevida”. A mentira é um dos fundamentos do voto do relator do Conselho de Ética, Humberto Costa (PT-PE), para sugerir a cassação dele.

No pronunciamento, o senador disse que participou de centenas de negociações políticas, em nenhuma delas descumpriu acordo de votações. “Por isso não me chamem de mentiroso até porque não sou”, afirmou o senador, no sexto discurso que faz desde a segunda-feira da semana passada, quando rompeu o silêncio em plenário e tem feito discursos diários para tentar evitar a perda de mandato. A fala, de 25 minutos, foi acompanhada por dez senadores.

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Pela primeira vez na série de discursos, Demóstenes levantou a tese de que mentir em plenário não é motivo de quebra de decoro. Segundo ele, os senadores podem falar o que quiser na tribuna, pois são invioláveis no que dizem. O senador ressaltou ainda que em “nenhum trecho” mentiu aos pares no discurso de março. Para ele, difundiu-se erradamente desde 2000, quando perdeu o mandato o único senador cassado da história, Luiz Estevão (PMDB-DF), que a mentira é motivo suficiente para a perda de mandato.

Para o senador, a representação do PSOL que pediu abertura de processo contra ele é inepta e só não foi arquivada sumariamente por causa da pressão da “mídia”. “Sua fragilidade é tão flagrante que proporcionou situações bizarras, como a luta da defesa para descobrir pelo que eu mesmo estava sendo representado e um esforço hercúleo do relatório do conselho, que, na ausência de provas e fatos, teve de partir para o exercício da imaginação”, criticou.

Demóstenes repetiu sua tese de que foi alvo de uma investigação ilegal, vazada posteriormente de forma “criminosa”. Além disso, ressaltou, não haveria provas de conduta incompatível com o mandato parlamentar. “É questão de honra e de vida. A maioria do Senado vai reconhecer que eu não quebrei o decoro”, afirmou.

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