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Demétrio Vilagra volta à prefeitura de Campinas

Longe do poder por 15 dias, petista retorna com o desafio de reconstruir relação com a Câmara, que investiga sua conduta em esquema de corrupção

Por André Vargas
3 nov 2011, 21h17

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reconduziu, nesta quinta-feira, Demétrio Vilagra (PT) à prefeitura de Campinas. O desembargador Rubens Rihl entendeu que não havia motivo para afastar o vice-prefeito, que substituiu o prefeito cassado, Hélio de Oliveira Santos (PDT), até ser afastado do cargo em 19 de outubro, por determinação da Câmara dos Vereadores.

Antes do recurso, um primeiro pedido liminar, direcionado ao juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública de Campinas, Mauro Fukumoto, foi negado em 20 de outubro. Com a decisão desta quinta-feira, Pedro Serafim (PDT) deixa o cargo e volta à presidência da Câmara. Desde agosto, é a quinta vez que o comando do executivo campineiro troca de mãos.

Em uma mensagem publicada em seu blog, Vilagra afirmou que as ações de Serafim na prefeitura serão analisadas: “Vamos verificar tudo o que foi feito, publicamente ou não”. Nos bastidores, Vilagra já prepara o retorno de seu antigo secretariado, incluindo aí políticos do PCdoB. Entre os convidados está o ex-secretário municipal de Esportes, Eduardo Petta, cunhado do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, que pediu demissão do governo após VEJA noticiar sua participação em um esquema de desvio de recursos.

Desafio – O principal desafio político de Demétrio Vilagra será reestabelecer uma boa relação com a Câmara, onde foi aberta uma comissão processante para avaliar sua conduta. Vilagra foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MP-SP) por formação de quadrilha, fraude licitatória e corrupção, em um esquema chefiado pela ex-primeira-dama e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim Jorge dos Santos. O marido de Rosely, o ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos, foi considerado omisso e negligente e acabou cassado, em 20 de agosto. Com a decisão, que não foi revertida, Vilagra assumiu a prefeitura pela primeira vez.

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Em maio, durante uma operação policial, Demétrio Vilagra chegou a ser preso, obteve habeas corpus e foi liberado. Em sua residência foram encontrados cerca de 60 000 reais em dinheiro. Ele alegou que costuma guardar dinheiro em casa para emergências.

A defesa do prefeito tenta derrubar na Justiça o trabalho da comissão processante da Câmara. O advogado de Vilagra, Hélio Silveira, alega que o político não pode ser investigado, já que os atos a ele atribuídos são anteriores ao seu mandato. “As comissões só podem julgar os prefeitos”, diz Silveira.

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