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DEM e PR planejam campanha para o vice aparecer

Em convenção marcada para oficializar Clarissa Garotinho como vice de Rodrigo Maia, partidos traçam estratégia para atacar o peemedebista Eduardo Paes. Filha de Rosinha e Anthony terá voz ativa na disputa

Por Da Redação 8 mar 2012, 20h27

“Francamente Clarissa, se você perder para o Adilson Pires (candidato a vice de Paes), eu vou me decepcionar muito com a filha que tenho”, disse Garotinho

A aliança do DEM com o PR no município do Rio pretende levar para a campanha uma vice com pinta de candidata à prefeitura. O cabeça de chapa é o deputado Rodrigo Maia, filho do ex-prefeito Cesar Maia, do Democratas. Mas, até o momento, é para a deputada Clarissa Garotinho, herdeira de Anthony e Rosinha Garotinho, que as lentes estão apontadas. Nesta quinta-feira, ela foi apresentada oficialmente como a vice de Rodrigo em um encontro com a militância dos dois partidos. O anúncio foi motivo de coro entre os seguidores do clã. Os Maia também fizeram questão de reforçar o peso que a vice terá na campanha. Com perfis opostos – ele, Rodrigo, tímido e de poucas palavras; ela, Clarissa, carismática e com forte trânsito entre o público jovem – os dois são, como dizem, “complementares”.

“Não vou ser vice só para emprestar o nome. Mas para junto com você, Rodrigo, enfrentar os desafios da campanha e da administração, para contribuir com ideias e ajudar a governar. Duas pessoas juntas trabalham mais e pensam melhor”, disse Clarissa. Rodrigo reafirmou a postura da vice: “É uma dupla de prefeitos”. Na ausência de um exemplo mais próximo para ancorar o formato incomum de composição, Cesar foi longe: comparou a chapa com aquela integrada por Juscelino Kubitschek e João Goulart, em 1956. Na prática, a deputada oferece também tempo de televisão para o DEM. Juntos, terão cinco minutos, contra 14 do atual prefeito Eduardo Paes, candidato à reeleição. Os outros concorrentes, segundo cálculos de Rodrigo, devem ter, juntos, de seis a sete minutos.

A ideia de explorar os dois candidatos na TV e na campanha na rua é, também, uma estratégia para multiplicar a exposição da coligação. Clarissa pretende se descolar de Rodrigo nas agendas públicas e, com isso, criar o efeito de que a candidatura pode estar “em dois lugares ao mesmo tempo”. Como fez na primeira convenção pública dos dois partidos, Rodrigo e Clarissa dedicaram parte do tempo a explicar a aliança. Os pais, adversários políticos históricos, estão juntos para tentar empurrar a eleição na capital para o segundo turno. Como diz Rodrigo Maia, é uma chapa com “nome e sobrenome”. Afinar o discurso, mostrar um mesmo projeto e explorar as ações executadas pelos pais será um desafio da campanha.

Todo o foco é para desconstruir a imagem de Paes. Com o mesmo objetivo, as duas famílias lançarão mão de suas principais marcas para criticar a atual gestão. Cesar, por exemplo, iniciou seu discurso nesta quinta homenageando as servidoras públicas pelo dia internacional da mulher. Queridinho do funcionalismo público, ele criticou a gestão de Paes, disse que ele persegue a classe e humilha os pobres.

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Garotinho, adepto de trocadilhos e ironias, disse que Paes faz papel de “cachorrinho de madame”. Na última convenção havia chamado o prefeito de Crô, mordomo de Tereza Cristina na novela ‘Fina Estampa’, da Rede Globo. Um dos motivos apontados pelo deputado federal mais votado do Rio para levar Clarissa e Rodrigo à vitória é a militância. “Temos a melhor militância política. Vocês aqui conhecem os militantes de lá. Eles são um bando de mercenários. Lutam pelo dinheiro e não pelas ideias”, disse. Em seguida, apontou os candidatos como a segunda razão para confiar em um segundo turno. “Rodrigo, eu conheço o Eduardo Paes. Ele é muito fraco. Você não pode perder para ele”. Para Clarissa, o recado foi o mesmo: “Francamente Clarissa, se você perder para o Adilson Pires (candidato a vice de Paes), eu vou me decepcionar muito com a filha que tenho”.

Rodrigo também atacou o prefeito, que foi cria de Cesar Maia. Duas das principais críticas feitas se referem ao tratamento dispensado à saúde e à forma de lidar com os aliados. A pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde que mostrou o Rio como o detentor do pior sistema público de saúde foi um prato cheio. O troca-troca de “amigos” políticos também. “Ele se alia a conjuntura, não a princípios e história. Ele faz festa com Dilma e Lula e depois liga para o Aécio, dizendo que, se ele vier candidato à presidência, poderá contar com ele”, disse. “É um candidato sem cor, sem marca e sem cheiro”, afirmou Rodrigo.

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