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Delegado do caso Chevron vai disputar eleição pelo PV

Fábio Scliar, da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal do Rio de Janeiro, atuou na investigação que resultou na maior ação ambiental da história do Brasil

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 out 2013, 17h50

O delegado Fábio Scliar, conhecido por comandar as investigações sobre o vazamento da petroleira americana Chevron no campo de Frade, em 2011, entrou para o Partido Verde (PV) no começo deste mês de outubro, perto do prazo de encerramento das filiações. Atualmente no comando da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph), da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Scliar está cotado para disputar o cargo de deputado federal em 2014. Pelo menos é esse o desejo do PV. Segundo dirigentes da legenda, o delegado tende a aceitar a proposta.

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Scliar foi o responsável por indiciar dezessete pessoas, além da Chevron e da empresa de perfuração Transocean, pelo derramamento de óleo na Bacia de Campos, no Litoral Norte do Rio. Na lista de indiciados, também foi incluído o então presidente da Chevron no Brasil, George Buck. Todos responderam por crime ambiental e dezesseis deles por falsidade ideológica – a polícia considerou que informações foram sonegadas. O caso foi a maior ação ambiental da história do país e levantou questões sobre o custo de fazer negócios no setor de alto risco do petróleo brasileiro.

O delegado é figura conhecida no Rio de Janeiro por diversas operações e investigações da PF. Uma delas foi a do edifício Liberdade, que desabou no Centro da cidade, deixando 22 mortos em 25 de janeiro de 2012. Scliar apontou a reforma feita no escritório da empresa T.O. (Tecnologia Organizacional) – com a derrubada de uma coluna, dois pilares e cinco paredes estruturantes – como o motivo do acidente. A polícia indiciou sete pessoas por homicídio culposo (sem intenção), lesão corporal culposa, desabamento e dano ao patrimônio tombado culposo (por ter afetado parte do Theatro Municipal, que é tombado).

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Para conseguir a filiação de Scliar, o PV começou o processo de convencimento há um ano. “Durante esse tempo, mostramos que o trabalho dele poderia ter um maior alcance para a sociedade se entrasse para a política”, contou Luiz Fernando Guida, integrante da executiva nacional do PV e coordenador do partido no Rio, na Bahia, em Minas Gerais e no Espírito Santo. Guida e o prefeito Doutor Aluízio, de Macaé, onde mora parte da família do delegado, foram os responsáveis pelo trabalho de convencimento. O delegado dizia que esse não era um objetivo de vida, mas, nos 45 do segundo tempo, topou entrar para a vida política, o que implicará no licenciamento do cargo na PF.

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O reforço para a chapa de deputados federais veio em boa hora. E com um nome de boa visibilidade no Rio, não só pela atuação na polícia mas também pela constante participação em um programa popular de debates na Rádio Globo. Scliar pode compensar a saída do ex-verde Alfredo Sirkis para o PSB, acompanhando a decisão de Marina Silva, e a ausência de um nome forte para a Câmara dos Deputados fez o PV buscar candidatos improváveis e de fora do mundo da política.

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