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Defesa do goleiro Bruno pede que testemunha-chave seja ouvida no júri

Primo do goleiro, Jorge Luiz informou, na última semana, que não pretende comparecer ao julgamento. Rapaz disse à polícia ter participado do transporte de Eliza Samudio até o local do assassinato

Por Da Redação
13 nov 2012, 17h43

O advogado Rui Caldas Pimenta, que defende o goleiro Bruno Fernandes, entregou nesta tarde à juíza Marixa Fabiane Rodrigues uma petição solicitando que o primo do jogador, Jorge Luis Lisboa Rosa, de 19 anos, seja ouvido no júri sobre a morte de Eliza Samudio, previsto para começar na próxima segunda-feira. Na semana passada, o rapaz, considerado principal testemunha do processo, avisou que não pretende comparecer ao julgamento, por estar sofrendo ameaças.

Para Pimenta, Jorge Luiz é peça-chave do caso e não pode deixar de dar esclarecimentos sobre as alegações feitas à Polícia Civil e à Justiça em 2010, quando a jovem desapareceu. A medida adotada pela defesa é inusitada. Afinal, Jorge Luiz, em depoimento à polícia na semana seguinte ao crime, contou que havia participado do transporte de Eliza até o local do assassinato – a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. E, por causa das afirmações do rapaz, foi desmentida a versão de que Bruno não estaria a par dos planos de matar Eliza.

Jorge Luiz Rosa já cumpriu media socioeducativa pela morte da jovem e desde setembro está incluído no Programa de Proteção a Criança e ao Adolescente Ameaçados de Morte (PPCaam). A decisão de não comparecer ao júri foi recebida pela promotoria de Justiça na última quinta-feira.

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“Este rapaz terá que se explicar sobre as afirmações fantasiosas de tortura, morte e esquartejamento de Eliza, quando na época ainda era um adolescente”, disse o defensor de Bruno. Rui Pimenta já chegou a afirmar que a ex-amante de Bruno teria sido assassinada a mando de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo e braço direito do jogador. Foi dele também a declaração de que Macarrão teria um “amor homoafetivo” pelo atleta.

Pimenta, certamente por estratégia, atira para todos os lados. E recentemente passou a dar outra versão para o que acredita ser o paradeiro de Eliza. Agora, afirma que ela está viva, morando em algum país do leste europeu ou da América Latina, vivendo como prostituta e com o nome de Olívia Guimarães Lima. O que mudou a opinião de Pimenta, segundo ele, foi uma carta, recebida há um mês. A mensagem, na versão do advogado, teria partido de Luiz Henrique Franco Timóteo, ex-marido da mãe de Bruno, Sandra Cássia Souza de Oliveira Santos. O criminalista afirma que no documento enviado por Timóteo, que se encontra preso por tráfico em Governador Valadares, ele conta ter sido procurado por Eliza Samudio em outubro de 2010, três meses depois do desaparecimento da jovem. No encontro, ela teria pedido um passaporte falso para deixar o país.

“Eliza foi orientada pelo Luiz a passar pela Bolívia para não ser presa pela Polícia Federal. Eu já havia procurado a juíza para incluir o ex-padrasto de Bruno como testemunha e ela me orientou a apresentar o pedido formalmente, por meio de petição.” O criminalista afirma que, caso seus pedidos não sejam atendidos, ele pretende recorrer ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

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As afirmações dos advogados de defesa de Bruno e que Eliza estaria viva haviam sido contestadas na semana passada pelo promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro. Para ele, a estratégia da defesa de divulgar esse tipo de informação é um “estelionato contra a sociedade”.

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