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Dançarino morto: armas de PMs serão recolhidas

Secretário de Segurança do Rio defende programa das UPPs e afirma que ainda não há como saber de onde partiu disparo que matou DG, do 'Esquenta'

Por Da Redação
23 abr 2014, 20h37

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, precisou vir a público mais uma vez para falar sobre problemas em uma favela incluída no programa de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O caso do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 24 anos, o DG, encontrado morto em uma escola do morro Pavão-Pavãozinho na noite de terça-feira, criou uma onda de comoção nas redes sociais. DG era dançarino do programa ‘Esquenta’, da Rede Globo, e descrito como um jovem tranquilo por moradores da favela. A Polícia Militar admitiu que houve tiroteio envolvendo policiais na terça-feira, mas até o momento não enxerga oficialmente conexão entre a morte de DG e o tiroteio. Na noite de terça-feira houve protesto com ruas bloqueadas em Copacabana e em Ipanema. Durante os protestos, um homem morreu: Edilson Santos, que apresentava problemas psiquiátricos, tinha passagem pela polícia por furto.

O ponto de virada na história, e o que obrigou o secretário a se manifestar publicamente, foi a descoberta de que, diferentemente do que havia dito a PM e a equipe de peritos da Polícia Civil no local do encontro do corpo, o dançarino foi morto por um disparo de arma de fogo. Até então, PM e perícia afirmavam que o jovem havia sido encontrado com muitos ferimentos, supostamente de uma queda, e o corpo estava sem perfurações. Laudo do Instituto Médico Legal atestou como causa da morte a perfuração transfixiante no pulmão.

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O dançarino DG, ao lado de Regina Casé, apresentadora do 'Esquenta'
O dançarino DG, ao lado de Regina Casé, apresentadora do ‘Esquenta’ (VEJA)

Beltrame admitiu a possibilidade de participação de policiais na morte de DG, mas limitou-se a dizer que o caso precisa ser apurado. Segundo afirmou, as armas dos dez policiais que participavam de uma patrulha no momento em que DG ainda não foram recolhidas – o que certamente é um prejuízo para a investigação, pois não há como ter certeza de que os equipamentos não passaram por adulteração desde o tiroteio. O secretário disse que os dez PMs estão identificados e a numeração das armas está listada, para recolhimento após os depoimentos dos envolvidos.

O episódio da morte de DG ocorre em um momento crucial para as UPPs. O projeto que deveria ser uma das ferramentas de propaganda do governo do Estado para a eleição de Luiz Fernando Pezão – atual governador – está, por enquanto, na condição de problema de imagem para o Estado. Depois de um período festivo, com a retomada do Complexo do Alemão e a ocupação de favelas pela Zona Sul, as UPPs entraram em crise com a morte do pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha, crime pelo qual há 25 policiais denunciados, e com uma série de confrontos em favelas da Zona Norte.

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Beltrame voltou a defender as UPPs, e afirmou que há, em vários locais, a tentativa de bandidos de desmoralizar “o processo” da pacificação. “Certos benefícios judiciais permitem a volta de certas pessoas, o que é discutível. Algo que isso precisa ser revisto”, disse, cobrando mudanças no sistema penal para evitar que criminosos sejam liberados provisoriamente e voltem a atuar em favelas.

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