“Criminoso com fuzil deve ser tratado como terrorista”, diz Pezão
Em nota, governador do RJ lamentou morte do sargento Fábio José Cavalcante e Sá, o centésimo PM assassinado no Rio neste ano
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, lamentou, neste sábado, a morte do sargento Fábio José Cavalcante e Sá, o centésimo policial militar assassinado neste ano no Rio.
Em nota, Pezão se solidarizou com a família do sargento e disse que “um criminoso que porta fuzil e mata policial deve ser tratado como terrorista, e o Estado defende o endurecimento da legislação penal”.
Em seu site, a Polícia Militar do Rio também lamentou a morte de Cavalcante. “É um golpe a mais em nossas fileiras, parte de uma estatística inaceitável com a qual temos convivido dramaticamente há mais de duas décadas, mas que nem sempre ganha a mesma repercussão”, afirma a nota.
O PM, de 39 anos, morreu em uma tentativa de assalto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Militar, o sargento reagiu e foi atingido com um tiro na cabeça.
Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, também na Baixada Fluminense, mas não resistiu aos ferimentos.
O pai do policial estava presente no momento do crime e tentou salvá-lo, pedindo para que os bandidos não atirassem contra o filho. Em estado de choque, ele foi sedado e está internado na mesma UPA de Duque de Caxias.
O sargento Cavalcante estava há mais de 15 anos na corporação. Ele era lotado no 34º Batalhão, em Magé, cidade da Baixada Fluminense, onde morava com a mulher e um filho de sete anos.
As mortes dos cem PMs ocorreram em diferentes circunstâncias no estado e entre os mortos há policiais que estavam de folga ou em dia de trabalho, entre militares ativos e inativos. A maioria foi assassinada em operações, assaltos, tentativas de assalto ou após terem a identidade de PM revelada, segundo autoridades.
VEJA A NOTA, NA ÍNTEGRA, DIVULGADA POR PEZÃO
“O Governo do Rio lamenta a morte do segundo sargento Fabio Cavalcante e Sá e se solidariza com a família e amigos deste defensor do Estado e de todos os seus colegas policiais assassinados. Um criminoso que porta fuzil e mata policial deve ser tratado como terrorista, e o Estado defende o endurecimento da legislação penal. Segurança é prioridade para o nosso governo, que promoveu mudanças recentes na política de pacificação visando, sobretudo, à preservação da vida. Os governos estadual e federal, integrados, vêm lutando para salvar vidas. Diversas ações já tiveram início, no entanto os amplos resultados não são imediatos. Juntos, continuaremos em defesa dos cidadãos fluminenses, que, infelizmente, hoje perderam mais um defensor”.