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CPI não pode ‘terminar em pizza’, diz CNBB

Por Da Redação
22 jun 2012, 18h32

Por Vannildo Mendes

Brasília – O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno, afirmou nesta sexta que a Igreja e a sociedade esperam que os parlamentares cumpram o seu dever e que a CPI do Cachoeira não resulte em impunidade dos membros do grupo criminoso investigado pela Operação Monte Carlo. Ele ressalvou que não deve haver prejulgamento e que ainda não perdeu a esperança. “Eles estão trabalhando na investigação e nós esperamos que ela (a CPI) cumpra realmente a sua missão e que tudo não termine em pizza”, disse.

Em entrevista ao final da reunião do Conselho Permanente da CNBB, o dirigente disse ter a mesma expectativa em relação ao julgamento do mensalão, marcado para começar em agosto no Supremo Tribunal Federal (STF), para que não haja impunidade e o dinheiro desviado seja devolvido aos cofres públicos. “O dinheiro público pertence à sociedade e deve ser todo investido em projetos que venham beneficiar o bem comum”, afirmou. “Não basta a punição de quem for condenado, é preciso devolver o que desviou”.

Em dura nota em defesa da ética pública, divulgada após o encontro, a CNBB cobrou tanto do Congresso como do STF medidas eficazes para a punição dos corruptos envolvidos nos dois casos. Diante de tantos escândalos, diz a nota, “a sociedade chega mesmo a colocar em xeque a credibilidade das instituições, que têm o dever constitucional de combater a corrupção e estancar a impunidade”.

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Segundo o documento, “o senso de justiça é incompatível com as afrontas ao bem comum que logram escapar às penas previstas, contribuindo para generalizada sensação de que a justiça não é a mesma para todos”. Dom Damasceno justificou a insistência da Igreja em relação ao tema. “O que desejamos é que cada uma dessas instâncias cumpra realmente o papel que lhes cabe: no STF, o julgamento (do mensalão) e na CPI, a investigação (do Cachoeira)”.

Durante o encontro, os bispos lembraram trecho do documento em defesa da ética, publicado há 20 anos, pouco depois do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, hoje membro da CPI do Cachoeira. “Como não denunciar a grande criminalidade dos que desviam, em proveito pessoal, enormes somas dos órgãos públicos, provocando escândalo e revolta, muitas vezes impotente, da parte dos humildes, a quem estavam destinados esses bens?”. Atualmente, prossegue o documento “a situação continua sugerindo as mesmas preocupações”.

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