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Covid-19: Réveillon terá restrições nas principais capitais brasileiras

Festas canceladas, bloqueio de praias e suspensão de transportes públicos estão entre medidas tomadas pelos municípios

Por Thaís Gesteira Atualizado em 10 fev 2021, 11h03 - Publicado em 28 dez 2020, 18h39

Ir à praia para pular sete ondas na virada do ano é uma tradição no Brasil. Na chegada de 2021, no entanto, o ritual será quebrado pela maioria dos brasileiros. Com o país contabilizando mais de 7,5 milhões de casos e quase 200 mil mortes por Covid-19, os estados e municípios que mais atraem turistas para o Réveillon se viram obrigados a impor uma série de restrições para as comemorações, a fim de evitar o colapso do sistema público de saúde nos primeiros meses de 2021.

Em vez do célebre Réveillon de Copacabana, que reúne quase três milhões de pessoas por ano, a Prefeitura do Rio de Janeiro montou uma lista de restrições que inclui o fechamento dos acessos ao tradicional palco da festa. O prefeito em exercício Jorge Felippe (DEM) proibiu, também, a queima de fogos e equipamentos de som nas orlas de toda a Zona Sul e até o Recreio; o acesso à praia para quem não mora no bairro; o estacionamento na orla e nas ruas do entorno e a permanência de barraqueiros em pontos fixos. Além disso, para evitar aglomerações, serão montadas barricadas em pontos-chave da cidade.

As medidas restritivas, tomadas após o aumento do número de casos e mortes por coronavírus nas últimas semanas no Rio de Janeiro, incluem ainda o fechamento do metrô: pela primeira vez desde que chegou a Copacabana, em 1998, todas as linhas vão parar de circular às 20h do dia 31. A partir deste horário, o transporte público saíra de circulação em Copacabana e na Barra da Tijuca e não será permitido o acesso de veículos de aplicativos às áreas bloqueadas. Para não permitir a entrada de ônibus e vans de fretamento na cidade, haverá barreira de fiscalização nos limites do município a partir do primeiro minuto do dia 31/12.

Em São Paulo, tanto as cidades do litoral quanto a capital suspenderam as celebrações. A Prefeitura da capital paulista cancelou até mesmo o evento virtual que realizaria em substituição aos tradicionais shows e queima de fogos na Avenida Paulista, que reuniam cerca de 2 milhões de pessoas. A Secretaria Municipal de Turismo afirma que os recursos destinados inicialmente à contratação de artistas serão usados para uma ação de conscientização da população sobre os riscos da Covid-19 e a importância dos cuidados sanitários.

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As cidades do litoral paulista também decidiram suspender os eventos nas praias, fiscalizando o acesso durante a festividade. Um decreto da gestão João Doria (PSDB) estipula que todo o estado entre na fase vermelha, a mais restritiva, entre os dias 1 e 3 de janeiro de 2021, sendo permitido apenas o funcionamento de serviços essenciais – saúde, alimentação (mercados), segurança, abastecimento, logística (incluindo transportes), serviços gerais (bancos, limpeza, e hotelaria), comunicação social e construção civil.

Na capital da Bahia, o prefeito ACM Neto decidiu, também, cancelar a “live da virada”, que teria apresentações de Ivete Sangalo e Gusttavo Lima e seria transmitida por emissoras de televisão sem presença de público. O evento online substituiria o tradicional “Festival Virada Salvador”, que atraiu cerca de 500 mil turistas em 2019. Outra medida tomada é a interdição física na orla da Barra, que costuma reunir milhares de pessoas, e o fechamento das praias no primeiro dia do ano. Para evitar aglomerações, as queimas de fogos, mantidas em diversos pontos da cidade, acontecerão em locais que não serão divulgados.

A capital catarinense, Florianópolis, não terá a tradicional queima de fogos que pode ser vista de várias praias da ilha, cancelada desde outubro. Bares e restaurantes da ilha, no entanto, estão autorizados a ficar abertos até a madrugada – na noite de ano novo, até às 4h, desde que com distanciamento de 1,5m entre mesas e limite de capacidade de atendimento ao número de pessoas sentadas.

A festa de réveillon da Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal, também foi cancelada. O decreto, que cancela também o carnaval, não impede, entretanto, atividades coletivas realizadas em estacionamentos, “desde que as pessoas permaneçam dentro de seus veículos, devendo ser observada a distância mínima de dois metros entre cada veículo estacionado.”

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Em Recife, um show de luzes será projetado de cima de prédios localizados em pontos estratégicos da cidade para garantir visibilidade ao maior número possível de janelas e varandas em substituição à comemoração na Praia de Boa Viagem. Festas e shows estão proibidos em Pernambuco desde 8 de dezembro, em espaços públicos e privados, como condomínios, clubes, hotéis e estabelecimentos afins, com ou sem cobrança de ingresso,  independentemente do número de participantes.

No caso de Fortaleza, o governo do Ceará proibiu a realização de celebrações públicas de ano novo, autorizando apenas que as cidades façam transmissões ao vivo sem a presença de público. No decreto, também consta a proibição de eventos sociais e corporativos em espaços públicos ou privados, ainda que abertos. Áreas comuns de condomínios também não podem receber eventos, e festas residenciais ficam limitadas a 15 pessoas, incluindo os moradores. Por isso, a prefeitura da capital transmitirá, por emissoras públicas de TV, um festival especial, gravado anteriormente, com mais de 20 atrações, entre cantores e humoristas.

Já as famosas festas particulares realizadas em cidades turísticas – como o Réveillon do Gostoso, no Rio Grande do Norte, e o Réveillon dos Milagres, em Alagoas – estão sendo marcadas por cancelamentos e vaivém na justiça.

Diante do cenário pandêmico, o isolamento social e o respeito aos protocolos serão os principais aliados do cumprimento das resoluções para os próximos 365 dias, outra tradição na virada do ano.

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