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Corpo de Marisa Letícia é cremado em São Bernardo do Campo

Ex-presidente, emocionado, falou aos presentes no velório da ex-primeira-dama em São Bernardo do Campo

Por Claudio Goldberg Rabin
Atualizado em 4 fev 2017, 19h04 - Publicado em 4 fev 2017, 16h08

A cerimônia de cremação do corpo de Marisa Letícia terminou por volta das 17h40, no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo. Antes de deixar o local, Lula se despediu do público que o aguardava do lado de fora.

Hoje no início do dia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dirigiu ao público do velório da ex-primeira-dama em um discurso que misturou palavras de homenagem à esposa, da trajetória do casal e um pouco do atual momento dos dois.”Já chorei a quantidade de lágrimas que daria para recuperar a Cantareira”, disse. O ex-presidente relembrou que foi no sindicato dos metalúrgicos que conheceu Marisa em 73 e onde criaram os filhos. “Marisa sustentou a barra para que me transformasse. Ela nunca reclamou”. O corpo será cremado também neste sábado, em São Bernardo.

Lula também reclamou de injustiças feitas à esposa, sem indicar situações específicas. “Dona Marisa morreu triste com maldades que fizeram com ela. Quero provar que os facínoras que fizeram essa maldade com ela tenham a humildade de pedir desculpas.”, disse

Em um ato ecumênico, o Bispo Dom angélico Sândalo Bernardino falou da perseguição sofrida pelo petista e condenou as consequências reforma da Previdência do atual governo. Amigos do presidente homenagearam Marisa Leticia e desejaram força a Lula. O ex-presidente embargou a voz em diversos momentos de sua fala. Lula pouco falou sobre o atual momento político do país. Disse, porem, que não tinha medo de ser preso e que era “eles” que deveriam que as acusações contra eles era verdadeiras. Em nenhum momento disse a quem se referia.

Lula fez uma espécie de mea culpa por sua ausência familiar, sempre distante por causa dos compromissos políticos. “Às vezes eu tenho culpa, ela praticamente criou os filhos sozinhas. Ela foi pai, foi mãe, foi tia, foi tudo e nunca reclamou nada.”

Cerimônia

O velório ficou aberto ao púbico das 11h até po volta das 14h45, quando os portões foram fechados. O público remanescente foi convidado a se retirar por volta das 15h35. No início da cerimônia, cada pessoa que passava era cumprimentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficava ao lado do caixão da esposa. Por volta do meio-dia, Lula deu lugar ao ex-ministro Gilberto Carvalho e a fila começou andar mais rapidamente.  Muitas mulheres traziam flores nas mãos. Algumas pessoas choravam, outras relembravam histórias de Marisa.

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Vindo de São Paulo, o microempresário Enoque Calvalcante, 68, demorou cerca de uma hora para conseguir ver o corpo de Marisa. De camisa vermelha em homenagem ao PT, ele contou que como professor de sindicalismo, conviveu com a ex-primeira-dama no final dos anos 70 e início dos 80. “Comi muita sopa de chuchu preparada por ela. Foi uma grande mulher, corajosa e lutadora”.

Jorge da Silva, sindicalista de 61 anos, saiu pela manhã do Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, para prestar suas homenagens. “Vim ser solidário com o companheiro Lula. Acho dona Marisa não suportou a pressão das agressões”.

Pela manhã, uma equipe da TV Globo foi hostilizada por parte dos presentes, aos gritos de “imprensa golpista” e “imprensa assassina”. A equipe deixou o local, e o sindicato pediu que o dia não seja de “confusão com a imprensa, mas de silêncio”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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