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Conectado, o turista moderno procura o calor humano

Por Por Patrice NOVOTNY
19 abr 2012, 18h26

Acabaram as viagens reservadas com meses de antecedência, pois os turistas conectados de hoje mudam seus planos de um dia para outro, estando sempre à procura de contato humano, analisaram especialistas, reunidos no Japão.

“Compreender o uso das novas tecnologias é fundamental para que a indústria do turismo possa continuar a crescer”, destacou Philip Wolf, fundador do centro de análises PhoCusWright.

O Conselho Mundial da Viagem e do Turismo (WTTC, na sigla em inglês) encerrou nesta quinta-feira sua reunião anual, tentando compreender esses “novos consumidores”, que o setor terá que atrair, se quiser atingir seu objetivo de crescimento no longo prazo de 4% por ano e manter sua parte de 9% no Produto Interno Bruto mundial.

Viajantes, hoteleiros e dirigentes das empresas de transporte aéreo viram seu trabalho perturbado pelo emprego da internet, ampliado recentemente pelo boom de smartphones e tablets multimídia.

Um terço dos seres humanos estão conectados hoje e 39% estarão em 2016. Mais da metade da humanidade (56%) dispõe de um telefone celular clássico ou “inteligente”- aparelhos que ainda têm margens significativas de desenvolvimento na Ásia e na África.

“Não há mais ‘on’ e ‘off’, os novos consumidores estão conectados todo o tempo e passam de um aparelho a outro. Os profissionais de turismo que não se adaptarem vão perder mercado”, martelou Wolf.

A utilização dos meios móveis de telecomunicações modifica radicalmente a relação entre o cliente e os fornecedores dos serviços de viagem.

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Dois terços das reservas de hotel feitas a partir de um terminal móvel são logo para a noite seguinte, contra 15% daquelas provenientes de um PC fixo; notebooks, smartphones ou tablets oferecem a possibilidade de reprogramar sem parar o percurso.

Atrair os clãs nômades

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Esses novos meios permitem aos profissionais conhecer melhor seus clientes, mas estes últimos são mais desconfiados e exigentes quando usam as ferramentas de comunicação mais modernas.

“Na China, a geração nascida a partir dos anos 80 utiliza em massa os aparelhos digitais e a internet. Seus membros sabem se sair bem sozinhos quando viajam”, destacou CC Zhuang, diretor presidente da Qunar, o principal site chinês dedicado a viagens.

Eles podem se passar sem os serviços de uma agência, procurando ativamente na telinha todas as informações necessárias às suas férias antes de partir, transferindo-as aos aparelhos móveis que levam consigo.

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Seja ele chinês, japonês, europeu ou americano, o viajante de hoje tem tanta vontade de passar bons momentos com os seus e ir ao encontro de amigos, do que explorar monumentos e apreciar as paisagens.

“As pessoas não viajam para mudar e ver outras coisas. Querem descobrir a si mesmas e a humanidade através de outra ou da própria cultura”, considerou Jabu Mabuza, vice-presidente do grupo hoteleiro sul-africano Tsogo Sun.

A viagem torna-se, então, um momento privilegiado para o indivíduo conectado, em relação virtual permanente.

“A satisfação do turista será medida em termos de enriquecimento espiritual. Ele quer conhecer as comunidades locais e a cultura do local de destino, fazer trocas, reafirmar suas ligações com a família e amigos”, enumera Sadahiko Oda, diretor presidente da rede de hotéis japoneses Kagaya.

O desafio para os profissionais do turismo consistirá, no futuro, em atrair e tornar fiéis esses clãs nômades.

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