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Comitiva de políticos acompanha trabalhos do IML em São Paulo

Peritos trabalham ininterruptamente na identificação dos restos mortais recolhidos da cratera aberta pela queda do avião em que viajava Campos

Por Andressa Lelli
14 ago 2014, 12h37

Uma comitiva de políticos chegou na manhã desta quinta-feira ao prédio do Instituto Médico Legal (IML) em São Paulo. É para o local que estão sendo enviados os restos mortais das vítimas do acidente aéreo que matou o presidenciável Eduardo Campos e outras seis pessoas na manhã de quarta-feira. Estão no prédio Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco, o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho, candidato ao Senado na chapa de Câmara, Beto Albuquerque, o candidato ao Senado do PSB no Rio Grande do Sul, e o deputado federal Júlio Delgado.

Alexandre Padilha, candidato ao governo de São Paulo pelo PT, também está no IML. Padilha afirmou estar muito abalado com a morte de Campos, a quem se referiu como “um irmão mais velho”.

Os trabalhos de identificação dos corpos são feitos ininterruptamente – pelo menos 90% dos fragmentos encontrados já estão no local. “Estamos com cinquenta pessoas trabalhando desde a noite desta quarta na identificação dos restos mortais. Esperamos concluir o mais rápido possível, mas não temos prazo. É um trabalho muito complexo, que segue padrões internacionais de identificação”, disse o diretor do IML, Ivan Miziara.

Os peritos ainda aguardam a chegada do material genético de familiares de algumas das vítimas. Familiares de Geraldo Magela Barbosa da Cunha, de 44 anos, copiloto da aeronave, já forneceram amostras. Cunha acumulava mais de 4.000 horas de voo, o que correspondia a vinte anos de experiência. Desde maio, transportava Campos nas viagens de campanha. Ele deixa a mulher, que está grávida de sete meses, e um filho de três anos. Familiares do assessor Pedro Valadares Neto, de 49 anos, também já colaboraram com a coleta do material. Conhecido como Pedrinho, era assessor de campanha de Campos. Nascido em Simão Simas, no interior de Sergipe, foi advogado e deputado federal em quatro mandatos. Ele era neto do ex-governador sergipano Antônio Carlos Valadares e estava filiado atualmente ao PV – antes, integrou os quadros do PFL, PP e PSB. Pedrinho deixa a mulher e três filhos. No momento, os peritos do IML, do Instituto de Criminalistas e da Polícia Federal podem comparar os materiais genéticos entre as próprias vítimas para agrupar os fragmentos.

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Uma equipe que conta com cerca de trinta profissionais de perícia trabalha na identificação das sete vítimas. Quatro agentes da Polícia Federal acompanham os trabalhos. A realização dos exames de DNA ficará sob a responsabilidade dos peritos do Instituto de Criminalística, especialistas em genética forense. A expectativa é que todo o processo de identificação e agrupamento dos restos mortais demore até cinco dias para ser concluído. Além das sete vítimas fatais do acidente aéreo, outras sete pessoas ficaram feridas em solo.

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A Aeronáutica investiga as circunstâncias que levaram a queda da aeronave. O gravador de voz, conhecido como caixa-preta, da aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que transportava Campos e sua equipe, chegou à meia noite a Brasília. O equipamento foi encaminhado para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), onde foi iniciado o processo de desmontagem para o acesso à memória interna e avaliação das condições de leitura dos dados.

Os demais destroços estão sendo concentrados para avaliação dos investigadores.

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