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Com outubro seco, déficit do Cantareira sobe 16% no mês

Estiagem no sistema está igual à de julho, justamente o mês mais seco em 84 anos. Chuva acumulada é de só 0,4 milímetro, ante 130,8 da média histórica

Por Da Redação
17 out 2014, 08h48

Considerado o marco inicial da temporada de chuva em São Paulo, o mês de outubro segue com nível crítico de pluviometria e a estiagem no Sistema Cantareira está igual à de julho, justamente o mês mais seco em 84 anos de medições. O cenário fez o déficit diário de água nos reservatórios subir 16% na primeira quinzena, em relação ao mês de setembro. A vazão afluente, que é o volume de água que chega aos reservatórios, está em 4.200 litros por segundo em outubro, igual ao registrado em julho. Enquanto isso, 22.400 litros por segundo estão sendo retirados do sistema para abastecer 12 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas. No mês passado, por exemplo, a vazão de entrada foi de 7.300 litros por segundo.

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Até esta quinta-feira, o volume médio de água que chegou às represas por meio das chuvas e dos rios afluentes corresponde a apenas 15,5% da média histórica do mês, de 27.100 litros por segundo, e menos da metade do registrado no outubro mais seco do manancial desde 1930, que foi de 11.500 litros por segundo. Com uma redução tímida no volume de água retirado dos reservatórios para abastecer a Grande São Paulo e um pequeno aumento na descarga para o interior, o déficit diário do Cantareira subiu de 1,34 bilhão de litros, em setembro, para 1,56 bilhão em outubro. As projeções apontam que, no fim deste mês, o manancial terá perdido 48,3 bilhões de litros.

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Desde o início da crise do Cantareira, em janeiro, o maior déficit mensal ocorreu em fevereiro, no qual a diferença entre o que entrou e o que saiu dos reservatórios ficou negativa em 58,3 bilhões de litros, equivalente a 5,9% do volume útil do sistema. No mês passado, o déficit foi de 40,3 bilhões de litros. Em setembro, as represas do Cantareira registraram 71,9% da pluviometria esperada para o mês, que era de 91,9 milímetros. Em outubro, a chuva acumulada em 16 dias na região dos reservatórios foi de apenas 0,4 milímetro, quando a média histórica do mês é de 130,8 milímetros.

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Previsão – Na quinta-feira, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) previa para os próximos onze dias chuva na região do Cantareira apenas entre 19 e 20 de outubro, mas ainda de forma isolada. As projeções do Inpe servem de referência para o planejamento da Sabesp, segundo a presidente da companhia, Dilma Pena.

De acordo com a meteorologista Ana Maria Heuminski de Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, o volume de chuva previsto nos modelos para os próximos dias é insuficiente para amenizar a crise do sistema. “A partir do dia 20 está prevista a chegada de uma frente fria do Sul, que deve ajudar a romper essa massa de ar seco sobre a região. Mas as chuvas mais fortes só devem vir mesmo a partir de novembro”.

(Com Estadão Conteúdo)

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