Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Com Covid-19 em alta, nenhum estado consegue a taxa mínima de isolamento

Mesmo no domingo, a média no país foi de 48%, bem abaixo da recomendada por especialistas para conter o vírus (70%); na sexta-feira, o índice foi de 31,1%

Por Camila Nascimento Atualizado em 8 mar 2021, 13h51 - Publicado em 8 mar 2021, 13h27

Em meio ao avanço da pandemia da Covid-19 pelo país, todos os estados brasileiros estão longe da taxa mínima de isolamento social de 70% recomendada por especialistas para conter a propagação rápida da doença, segundo um monitoramento diário feito pela plataforma InLoco. Com o aumento do número de casos e mortes por conta do novo coronavírus, os governos estaduais têm imposto medidas restritivas mais rigorosas.

Mas o efeito não tem sido o esperado. Mesmo no domingo, quando o número de pessoas em casa tende a ser maior porque a maioria não trabalha e opta por ficar em casa, o índice médio do país ficou em 48%. No último dia útil monitorado, sexta-feira, 5, o percentual foi de 31,7%, o segundo menor desde o início da pandemia — no sábado, chegou a 38,5%.

Entre os seis estados com as piores taxas de isolamento, quatro são da região Centro-Oeste. Mato Grosso do Sul, que tem o pior índice, atingiu apenas 29,9% de isolamento na sexta-feira e 33,4% no sábado, mesmo com a capital, Campo Grande, registrando ocupação total dos leitos de UTI. Apesar do quadro, o governo estadual não intensificou as medidas restritivas. Desde o final de janeiro, os indicadores de isolamento têm caído no estado.

No Mato Grosso, o governo local impôs toque de recolher das 21h às 5h, período em que apenas trabalhadores de serviços essenciais ou quem tenha extrema necessidade poderá circular pelas ruas. Durante a semana, somente atividades essenciais poderão funcionar das 19h às 5h. Aos sábados e domingos, a proibição se torna mais rigorosa, e o funcionamento do segmento não essencial fica permitido apenas das 5h às 12h. Apesar disso, na sexta-feira, a taxa de isolamento no estado foi de 31,1% , de 36% no sábado e 45,4% no domingo. 

Com uma das menores taxas de isolamento e mais de 80% de leitos de UTI ocupados, o Distrito Federal começou a flexibilizar o lockdown, que teve início no dia 28 de fevereiro. Escolas e academias estão liberadas para funcionar desde sexta-feira, 5, quando o isolamento ficou em 34,1%.

Continua após a publicidade

Goiás barrou na semana passada o funcionamento de atividades não essenciais, já que o estado tem mais de 90% dos leitos de UTI ocupados. Mesmo assim, desde o dia 27 de fevereiro, os índices de isolamento de segunda-feira a sexta-feira estão abaixo dos 35%. Na sexta-feira, essa taxa foi de 31%. Goiás chegou em março de 2020 a ter um dos maiores taxas de isolamento, alcançando 60,6%.

Dois estados do Nordeste também têm visto uma queda no isolamento, apesar da intensificação das medidas contra a Covid-19 pelos governadores. A Paraíba atingiu na sexta-feira 33,7% de isolamento. No Maranhão, que até as últimas semanas de fevereiro tinha taxa próxima a 38%, registrou no mesmo dia 35,2%.

Por outro lado, Ceará e Rio Grande do Norte tiveram sucesso com a intensificação das medidas restritivas e atingiram no domingo os maiores índices nacionais de isolamento — 54,4% e 55,4%, respectivamente, mas ambos os estados têm registrado quedas no isolamento desde a última semana de fevereiro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.