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Colapso de oxigênio em cidade do Pará foi ‘caso isolado’, diz governador

Helder Barbalho (MDB) diz ter havido 'problema de planejamento' da prefeitura de Faro, próxima à divisa com o Amazonas, que comprava o insumo em Manaus

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jan 2021, 20h10 - Publicado em 20 jan 2021, 20h05

Depois do colapso do suprimento de oxigênio na cidade de Faro (PA), na região do Baixo Amazonas, nesta terça-feira, 20, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirma que a situação no município foi um “caso isolado”, causado por falhas na gestão municipal, e que o estado dispõe de oxigênio suficiente para atender à alta de cerca de 50% na demanda do insumo na rede estadual, diante do aumento de hospitalizações por Covid-19. “Estamos absolutamente abastecidos, sem nenhum tipo de sobressalto na estrutura estadual”, afirma Barbalho a VEJA.

No caso de Faro, a cerca de 1.000 quilômetros da capital paraense, Belém, o oxigênio no hospital municipal e nas Unidades Básicas de Atendimento (UBSs) acabou na madrugada da última terça-feira e foi reposto pela manhã, conforme a prefeitura, depois que funcionários da gestão voltaram de uma viagem de dez horas a Santarém (PA) com um carregamento de vinte cilindros de 50 litros. Antes do colapso, diz o prefeito, Paulo Carvalho (PSD), a cidade vinha recebendo oxigênio de cidades vizinhas.

Havia cerca de 34 pessoas internadas na cidade no momento em que o oxigênio acabou, a maior parte delas no distrito de Nova Maracanã, das quais oito com necessidade do insumo – seis foram transferidas a Parintins (AM), Juruti (PA) e Itaituba (PA) diante do colapso. A prefeitura diz ter havido uma morte por asfixia e uma morte por complicações da doença, mas não relacionada à falta de oxigênio. “A situação de Manaus se reflete aqui na região, os pólos que nos abastecem estão com falta”, afirma Carvalho.

Para o governador do Pará, no entanto, houve um “problema de planejamento”, porque a cidade não requisitou oxigênio antes do esgotamento do produto. “Não é possível que o município não compre oxigênio, os insumos de tratamento, não providencie as condições de atendimento”, afirma. “O problema é que Faro compra oxigênio de Manaus. À medida que falta oxigênio em Manaus, falta em Faro”, diz Helder Barbalho, para quem a prefeitura não deveria ter esperado o fim do insumo para buscar oxigênio em Santarém, onde há uma base da fornecedora White Martins.

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“Uma coisa é faltar oxigênio, outra coisa é faltar gestão e planejamento, para dizer que o consumo aumentou e vai precisar incrementar a compra por esse período. Isso não é problema de saúde, é de administração”, completa.

O governador afirma ter se reunido nesta terça-feira com os representantes da White Martins em Santarém e que um deles foi a Faro com a equipe do governo nesta quarta. Um barco-hospital do governo estadual foi enviado ao distrito de Nova Maracanã para atendimentos.

Ainda de acordo com Barbalho, articulou-se com os fornecedores um reforço à oferta aos municípios em situação mais delicada e o governo também comprará o insumo para haver reservas. Um avião da Força Aérea Brasileira está transportando à cidade de Oriximiná (PA) uma mini usina de oxigênio, levada de São José dos Pinhais (PR).

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