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Chuva no Rio de Janeiro afeta ao menos 200.000 pessoas

Número é estimado pela Defesa Civil do estado; pelo menos 4.893 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em sete cidades fluminenses

Por Da Redação
4 jan 2013, 06h52

Ao menos 200.000 pessoas são afetadas pelos danos das fortes chuvas que atingem o estado do Rio de Janeiro, de acordo com informações da Defesa Civil estadual. O número inclui desde casos mais graves, em que pessoas são obrigadas a deixar suas casas, a cidadãos que estão impedidos de ir ao trabalho, por exemplo. Os temporais já obrigaram pelo menos 4.893 moradores de sete cidades (Angra dos Reis, Mangaratiba, Duque de Caxias, Belford Roxo, Seropédica, Petrópolis e Teresópolis) a sair de suas casas. As chuvas provocaram ainda a morte de ao menos uma pessoa em Xerém, distrito de Duque de Caxias. Ainda segundo a Defesa Civil estadual, três pessoas ficaram feridas em Angra dos Reis e dois estão desaparecidos em Duque de Caxias. A região sofre nesta sexta-feira com a falta de luz. Choveu fraco em toda a madrugada em Duque de Caxias. E a previsão é de mais chuva para o estado nas próximas horas.

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A pior situação ocorreu em Angra dos Reis, onde 320 pessoas ficaram desalojadas e 160 desabrigadas. Ao longo do dia, 2.380 que haviam sido evacuadas de suas residências foram autorizadas a retornar às suas casas. Em Duque de Caxias houve 270 desabrigados e 1.000 desalojados. Há 30 pessoas nessa situação em Petrópolis, 50 em Teresópolis e 35 em Seropédica. Em Belford Roxo os desalojados e desabrigados somam 558. Os estragos acontecem menos de dois anos depois da maior tragédia natural do país. Chuvas que começaram na madrugada de 12 de janeiro de 2011 deixaram 916 mortos e 345 desaparecidos na Região Serrana.

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Tragédia – Área mais atingida pelo temporal de quinta, Xerém sofreu a pior tragédia em 40 anos e amanheceu devastada. Ruas cobertas de lama, carros levados pela enxurrada e entulho por toda a cidade formavam o cenário de destruição causado pelo transbordamento de três rios. Pelo menos oito casas foram destruídas pelas águas. O homem que morreu não havia sido identificado até a noite de quinta. O corpo foi encontrado em uma praça.

Um desaparecido é funcionário da Companhia Estadual de Águas e Esgotos, identificado pelo Corpo de Bombeiros apenas como Enéas, que trabalhava em uma represa. O outro é morador de Duque de Caxias. A busca por vítimas e os trabalhos de recuperação foram interrompidos às 17h30.

“A previsão é de mais chuva durante a noite e por isso vamos deixar quatro equipes de plantão na região. Nesta sexta-feira, às 4 horas, reiniciamos as buscas pelos desaparecidos”, afirmou o subcomandante-geral dos bombeiros, tenente-coronel Alcântara. A chuva começou à meia-noite e se intensificou por volta das 2 horas da madrugada de quinta. A previsão da meteorologia é de que chova até esta sexta na Baixada e na Região Serrana.

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Emergência – Recém-empossado, o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso (PSB), decretou estado de emergência no município. O prefeito espera que o estado de emergência apresse a liberação de recursos federais para reconstruir Xerém. Segundo Cardoso, serão necessários ao menos 30 milhões de reais para as obras. Uma ponte foi destruída e outras duas foram interditadas porque podem desabar.

“Acordei com um forte estrondo e só deu tempo de descer as escadas antes de desabar”, contou a dona de casa Osana Ferreira, de 41 anos. “Acordei com um estrondo e quando vi tinha água já na porta de casa. Não consegui tirar a geladeira nem a máquina de lavar”, lamentava Lena Pereira, de 57 anos, que mora em um bairro que foi isolado. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros interditaram diversas casas na parte baixa de morros pelo risco de desabamento. Ruas inteiras foram bloqueadas, pois o asfalto ameaçava ceder.

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