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Chuva forte deixa quatro mortos em Pernambuco

Em um período de seis horas, já havia chovido o equivalente a 36% do previsto para o mês de maio. Três mortes aconteceram em Olinda e uma em Recife

Por Da Redação
30 Maio 2016, 15h06

As chuvas que caem na região metropolitana do Recife desde a noite deste domingo já provocaram o deslizamento de pelo menos quinze barreiras e a morte de quatro pessoas, sendo três em Olinda e uma na capital pernambucana. As três vítimas de Olinda – duas mulheres adultas e uma criança de 7 anos – morreram após o deslizamento de uma barreira no bairro de Águas Compridas. A quarta morte aconteceu no bairro do Passarinho, na Zona Norte do Recife, em uma área limítrofe com Olinda. Uma menina de 4 anos morreu devido à queda de muro de um imóvel vizinho, que desabou sobre sua casa, destruindo a residência.

Outros quatro adolescentes e crianças estão feridos e há relatos de adultos desaparecidos em pelo menos dois pontos da região metropolitana.

Na capital pernambucana, de acordo com a Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife, em um intervalo de seis horas (entre a meia-noite e as 6 horas desta segunda-feira), já havia chovido o equivalente a 36% do previsto para todo o mês de maio.

O diretor da Defesa Civil do Recife, o coronel Cassio Sinomar, acompanhou o resgate do corpo da criança e lamentou. “Infelizmente muita gente ainda insiste em fazer obras irregulares nas áreas de morro. E ai os acidentes acontecem”, destacou.

A afirmação do agente público foi duramente criticada pela população local. “Não temos assistência de ninguém. Nem da Prefeitura do Recife e nem da Prefeitura de Olinda. Ficamos sendo jogados de um lado para o outro e aí temos que tentar resolver sozinhos. O rapaz que fez esse muro para tentar exatamente evitar que a barreira despencasse”, sentenciou o encanador João de Deus que mora na localidade.

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No início desta manhã, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de chuva forte até a manhã da terça-feira, em toda a Zona da Mata e na região metropolitana.

Ainda de acordo com dados da Defesa Civil da capital, o acumulado de chuva na cidade chegou a 118 milímetros. O número representa 35,97% da média histórica de precipitações no mês, que corresponde a 328 mm.

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Suspensão de aulas – As aulas em dezenas de escolas e faculdades públicas e privadas foram suspensas em toda a região metropolitana. O mesmo aconteceu com o expediente em empresas privadas e órgãos públicos. A Defesa Civil do Estado recebeu mais de 150 chamados até as 8 horas.

Em Olinda e Jaboatão dos Guararapes, as Defesas Civis municipais já somavam mais de 300 pedidos de auxílio até as 8h30. Centenas de imóveis estão alagados e parcialmente destruídos em pelo menos seis dos catorze municípios da região metropolitana.

Na região, foram registrados mais de 300 pontos de alagamento. Em alguns pontos, nem mesmo ônibus ou caminhões conseguiam trafegar. Na beira mar de Olinda, parte do calçadão foi levada pela correnteza. O incidente provocou pânico entre motoristas que passavam pelo local durante o acidente.

“Eu estava aguardando no engarrafamento, de repente, vi a posta começando a ruir. Fiquei desesperado”, relata o advogado Fabio Nascimento. “Os bancos de concreto, a calçada, a pista, tudo foi embora carregado pela correnteza para dentro do mar. Muita gente saiu dos carros e correu com medo de ser arrastado.”

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(Com Estadão Conteúdo)

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