Chuva causa uma morte na Região Serrana do Rio

Corpo de lavrador foi encontrado nesta quarta-feira, um dia após ser levado por uma correnteza na cidade de Trajano de Moraes; Nova Friburgo mantém alertas

Por Cecília Ritto SEGUIR SEGUINDO 14 nov 2012, 14h45

Casas e carros foram atingidos pelos deslizamentos em Nova Friburgo, na Região Serrana (Brazil Photo Press/Folhapress/VEJA)

A Defesa Civil confirmou nesta quarta-feira a primeira morte causada pelas chuvas na Região Serrana do Rio. O corpo de um lavrador foi encontrado um dia depois de ser arrastado pelas águas ao tentar atravessar o Rio Imbé, na cidade de Trajano de Moraes. Além deste município, está mantido o estado de alerta também em Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim e Santa Maria Madalena.

“Mantemos a condição de alerta porque temos a preocupação com o acumulado das chuvas nas últimas 72 horas, que é causa de escorregamentos”, afirma o major Kepler, diretor do Centro Estadual de Gestão de Desastres (Cestad), lembrando que o solo já está saturado e a precipitação ainda não deu trégua.

Em Santa Maria Madalena, 120 casas ficaram alagadas e outras seis desabaram, sem deixar vítimas. De acordo com Kepler, há 120 pessoas em abrigos no município. Em Teresópolis, este número é menor: 26 moradores estão em pontos de apoio à espera do aval dos bombeiros e da Defesa Civil para retornarem às suas casas. “Esperaremos seis horas para ver se não ocorrem chuvas mais fortes. Caso não aconteça, desmobilizaremos os pontos de apoio”, explica o major.

Em Nova Friburgo, um deslizamento de pedras na terça-feira interditou quase todas as casas da localidade de Três Irmãos e deixou duas pessoas feridas. Em 72 horas, choveu todo o volume previsto para os próximos 20 dias na cidade, e há 250 casas isoladas.

Quatro integrantes da Defesa Civil nacional estão na Região Serrana acompanhando os trabalhos dos agentes e dos bombeiros. “A topografia da serra é complicada. As zonas de convergência atuam diretamente ali e intensificam as chuvas”, destaca Kepler.

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