Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Champagne brut ou rosé?

Por Por Gersende RAMBOURG
9 dez 2011, 15h39

O champagne rosé seria mais festivo que o brut? Os consumidores, e não apenas as mulheres, têm uma tendência, nos últimos anos, a privilegiar a cor, do ouro rosa ao granadino vivo. Seria um simples efeito da moda?

O mais produzido e vendido atualmente é o rosé, rosado, que deixou há tempos a posição de “bastardo” por uma classificação “à parte”, destaca o mestre de adega de Pommery, Thierry Gasco.

Há dez anos, sua procura está em aumento contínuo, destaca o enologista. Todas as grandes casas estão se dedicando ou acentuando sua produção. E, apesar de alguns preconceitos dos que desdenham sua qualidade, ou os misóginos (acham que é reservado apenas às mulheres), “mais e mais amantes, incluindo os homens, aceitam a existência do rosé tal como é”.

O rosé “é uma atração suplementar”, confirma François Domi, mestre de adega há 26 anos da Casa Billecart-Salmon, famosa mundialmente por seus vinhos. “Acrescenta uma cor à mesa e suaviza a imagem do champanha, tornando-a mais agradável”, explica, durante uma visita aos tonéis de Mareuil-sur-Ay.

A Casa, fundada no início do século XIX, produz entre 1,5 milhão e 2 milhões de garrafas por ano, destinando 60% à exportação. Seu rosé, que representa menos de um terço da produção, é composto de três qualidades de champagne (chardonnay, pinot noir e pinot meunier) misturados com menos de 10% de vinho tinto.

Continua após a publicidade

A mistura com o tinto, rouge, é o método dominante na região de Champagne, a única da França autorizada a produzir o rosé.

François Domi procura também dosar o vinho tinto em função “da cor, do perfume desejado, e evitar os taninos adstringentes”. Ele visa à elaboração de um vinho que evoque frutas secas, com um toque de morango, mas isso tudo deve ser “apenas sugerido”.

Alguns poucos vinhateiros da região de Champagne preferem elaborar o rosé como se faz em outros departamentos franceses, isto é, deixando macerar, por mais ou menos tempo, a casca das uvas com o suco.

O método, batizado “rosé de saignée”, rosé de sangria, produz resultados mais explícitos, segundo Domi. Traz “mais poder, aromas mais marcados, mais penetrantes”. Ora, os da Billecart-Salmon, considerados por inúmeros ‘sommeliers’ como um dos melhores rosés, procuram “a sutileza, a delicadeza”.

Continua após a publicidade

Para Jean-Baptiste Geoffroy, que produz no vale do Marne 120.000 garrafas por ano, com 20% de rosados (contre média de 8 ou 10% entre os vizinhos), “um rosé de saignée, em termos de gosto, comparado com um rosé clássico é como ‘o dia e a noite”.

Seu rosé, de cor firme e 100% ‘pinot noir’, é considerado “frisante e explosivo”. Segundo ele, a técnica de sangria permite extrair “mais da uva”.

“O que reprovo nos rosés de mistura é que muitos são, em termos de gosto, quase idênticos ao champagne branco. E quando se mistura o branco e o tinto, jamais se obtém uma unidade perfeita, uma vez que o tanino do ‘rouge’ não entra em harmonia com o branco”.

Mas admite que, na degustação, “os fregueses o adoram ou detestam, principalmente se esperam um rosé com gosto do branco ou muitíssimo leve”.

Continua após a publicidade

Geoffroy elaborou recentemente um novo estilo de rosé, com 2.000 garrafas por enquanto, obtido com a maceração de chardonnay e pinot noir. “Ninguém nunca tentou isso”, sorri. O resultado é um vinho floral, mineral, mais exótico, batizado “Blanc de rosé”, branco de rosa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.