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Cerimônia de beatificação de Irmã Dulce reúne 70.000 em Salvador

Caravanas de Sergipe, estado de origem da psicóloga cujo caso justificou ato do Vaticano, foram as mais numerosas

Por Da Redação
22 Maio 2011, 19h20

Nem a chuva que caiu em Salvador desde a manhã deste domingo foi capaz de tirar o ânimo dos cerca de 70.000 fiéis que acompanharam a festa de beatificação da religiosa baiana Irmã Dulce. As caravanas, vindas de todo o país, começaram a chegar ainda pela manhã ao Parque de Exposições. A beatificação, etapa que antecede a canonização, ocorreu por volta das 18h.

A cerimônia contou com a leitura do decreto de dezembro de 2010 em que o papa Bento XVI insere Irmã Dulce – agora chamada de “Bem-aventurada Dulce dos pobres” – no rol de beatos e santos católicos. Antes, a vida da religiosa foi repassada. Biografia que inclui um milagre: uma mulher do interior da Bahia, teve um filho, sofreu hemorragia e, depois de agonizar por 18 horas e ser desenganada pelos médicos, foi salva pela freira. O processo para a beatificação da freira foi iniciado há onze anos, e esteve em análise no Vaticano desde 2002.

Os portões do Parque de Exposições de Salvador foram abertos por volta das 11h. A partir daí, não cessaram de chegar fiéis. “Perto do que Irmã Dulce fez, enfrentar chuva não é nada”, disse, emocionada, a aposentada Maria Conceição Rossi, de Aracaju. “Estar em um evento como este é uma oportunidade de agradecer por todas as graças que recebemos. Há mais de dez anos rezo para que Irmã Dulce não deixe faltar nada na vida de minha família, e só tenho a agradecer.”

Caravanas de Sergipe foram as mais numerosas no evento. Foi do estado, vizinho à Bahia, que saiu o caso reconhecido como milagre pelo Vaticano – o que propiciou à religiosa, morta em 1992, ser reconhecida como beata.

A funcionária pública Cláudia Cristiane Santos de Araújo, do município de Malhador, a 49 quilômetros de Aracaju, foi salva de uma intensa hemorragia que a acometeu logo após o parto de seu segundo filho, Gabriel, hoje com dez anos. Cláudia e Gabriel participaram da cerimônia, depositando um arranjo de flores sob a imagem oficial da religiosa, que foi mostrada neste domingo e passará a ser como Irmã Dulce será conhecida entre os católicos do mundo.

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Também acompanharam a cerimônia, presidida pelo cardeal d. Geraldo Majella Agnelo – que representa o papa Bento XVI -, a presidente Dilma Rousseff, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, da Bahia, Jaques Wagner, e de Sergipe, Marcelo Déda, o ex-governador paulista José Serra, e o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, além de ministros, deputados e mais de 600 religiosos de todo o país.

Nascida em 26 de maio de 1914, Irmã Dulce pertencia à Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e desenvolveu uma obra filantrópica na Bahia, onde fundou vários hospitais e uma rede de apoio social. Seu nome de batismo era Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes – a adoção do nome Dulce foi uma homenagem à mãe. O “Anjo Bom da Bahia”, como era conhecida, faleceu em 13 de março de 1992, aos 77 anos, e pode se tornar agora a primeira santa nascida no Brasil, país com o maior número de católicos do mundo.

(Com Agência Estado e EFE)

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