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Cena da execução dos 5 jovens em SP foi alterada, diz secretário

Mágino Alves Barbosa Filho afirmou nesta sexta-feira que cápsulas de bala .40 foram plantadas na cena do crime para confundir as investigações

Por Da redação
11 nov 2016, 15h33

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, e os investigadores responsáveis pela apuração dos assassinatos de cinco jovens em São Paulo afirmaram nesta sexta-feira que a cena do crime foi alterada para confundir as investigações.

Robson Fernando Donato de Paula, de 16 anos, Caíque Henrique Machado Silva e Jonathan Moreira Ferreira, ambos de 18 anos, Cesar Augusto Gomes, de 19 anos, e Jones Januário, de 30 anos, moradores do Jardim Rodolfo Pirani, Zona Leste da capital paulista, saíram de suas casas para ir a uma festa em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, no dia 21 de outubro, e desapareceram.

Os corpos foram encontrados no último domingo na zona rural de Mogi das Cruzes (SP), região metropolitana de São Paulo, e reconhecidos durante esta semana no Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista.

O guarda civil municipal de Santo André Rodrigo Gonçalves Oliveira foi preso temporariamente, por 30 dias, na noite de ontem. De acordo com Barbosa Filho, ele confessou ter sido o responsável pelo perfil falso no Facebook que atraiu os cinco jovens à emboscada. Outros GCMs de Santo André estão sendo investigados e foram ouvidos hoje na DHPP.

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Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o secretário de Segurança Pública disse que as cápsulas de munição .40 encontradas próximas de onde os corpos foram enterrados, covas rasas cobertas com cal, foram plantadas pelos responsáveis pelos assassinatos para que se atribuísse a policiais militares a autoria do crime, já que este tipo de munição é utilizado pela Polícia Militar. As investigações apontaram que as cápsulas encontradas pertenciam a um lote comprado da Companhia Brasileira de Cartuchos pela PM. A perícia encontrou marcas de tiro calibre 38 e 12 nos corpos dos rapazes.

Mágino Alves Barbosa Filho relatou que Oliveira é professor de tiro e guarda civil armeiro, ou seja, responsável pela manutenção de armas da corporação, e já ministrou aulas tanto a guardas civis quanto a policiais militares, quando pode ter tido contato com munição .40. Ele tem registrados dois autos de resistência, quando o policial mata alguém que ofereceu resistência durante uma abordagem.

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De acordo com a delegada-chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Elisabeth Sato, a tese que a cena do crime foi alterada parte principalmente das informações prestadas pelo trabalhador rural que encontrou os corpos na encosta de uma ribanceira. O homem teria visto os corpos e pedido ao patrão que chamasse a polícia, que não os localizou. Conforme a delegada, quando voltou ao local, o sitiante “percebeu que o local já não estava como ele tinha observado anteriormente, os corpos estavam expostos, não estavam enterrados. Quando voltou ao local, os corpos estavam enterrados e já havia cal sobre as covas”.

Segundo os investigadores, dois dos jovens mortos, Caíque e Cesar, teriam participado do latrocínio, roubo seguido de morte, de um outro guarda municipal de Santo André, Rodrigo Sabino. Conforme os depoimentos de Gonçalves Oliveira, após a morte do colega de corporação, ele foi à região onde o carro de Sabino foi encontrado queimado e, a partir de um informante, chegou aos nomes de Caíque e Cesar.

O GCM usou um perfil falso que mantinha no Facebook há mais de um ano, com o nome de Terezinha, para entrar em contato com os jovens e convidá-los à suposta festa em Ribeirão Pires. De acordo com Gonçalves Oliveira, ele havia combinado um encontro na Avenida Rotary, em frente a uma frutaria, onde a suposta mulher levaria os rapazes ao sítio onde estaria marcado o evento. Segundo o GCM, sua intenção era prender os rapazes, mas como eles não teriam aparecido, informou as características do carro em que eles iriam ao encontro a outros guardas, que preferiu não identificar, e deixou o local.

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