Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Caso Bruno: exame descarta agressão contra Macarrão

Perícia não encontra sinais de que funcionário do goleiro Bruno tenha apanhado. Advogado faz novas denúncias e atrasa investigações

Por Andréa Silva, de Belo Horizonte (MG)
21 jul 2010, 11h33

Secretário-geral da OAB de Minas Gerais afirma que se for constatado abuso da defesa, advogados poderão ser afastados do caso

O exame de corpo de delito a que foi submetido Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, não encontrou sinais de agressão, como havia denunciado, na segunda-feira, o advogado Ércio Quaresma. O laudo será entregue aos delegados que investigam a morte de Eliza Samudio dentro de 10 dias, mas os resultados preliminares já descartam que ele tenha sido agredido.

A suposta agressão a Macarrão durante um interrogatório foi uma das acusações que Quaresma fez contra a Polícia Civil de Minas Gerais. Especialista em frases polêmicas, o defensor do goleiro Bruno Fernandes e de outros seis suspeitos de envolvimento no seqüestro e morte da jovem chegou a afirmar que havia um “circo de horrores” dentro do Departamento de Investigações da polícia – local onde estão concentrados os depoiemntos do caso.

Quaresma também afirmou que seus clientes sofrem tortura psicológica – o que foi negado por advogados que acompanharam o depoimento de Dayanne Souza, ex-mulher do goleiro.

Continua após a publicidade

A última denúncia de Quaresma, feita na terça-feria, é sobre uma suposta agressão cometida contra o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pela polícia como o homem que estrangulou e esquartejou Eliza Samudio. Segundo Quaresma, ele sofreu uma agressão e teve um dente quebrado. O advogado fez um pedido de exame de corpo de delito que foi aceito pela Justiça.

Curiosamente, a falha no dente de Bola foi apontada, pela polícia, como uma das características físicas do ex-policial descritas pelo menor J., de 17 anos, que, no Rio de Janeiro, informou detalhadamente as características da casa onde Eliza foi assassinada e esta particularidade do suposto assassino.

Denúncias atrasam investigações – A estratégia de denunciar abusos, requerer exames à Justiça e tentar invalidar provas tem contribuído para o atraso das investigações. Desde a segunda-feira, a cúpula da polícia mineira tem dedicado mais tempo a responder às acusações que a colher novos depoimentos ou fazer diligências para localizar o corpo de Eliza Samudio.

Continua após a publicidade

Na segunda-feira, foram afastadas do caso as delegadas Alessandra Wilke e Ana Maria Santos. Elas foram responsabilizadas pelo vazamento de um vídeo, gravado no interior do avião que levou Bruno e Macarrão para Minas, em que o goleiro afirmava suspeitar do funcionário.

Ontem, no entanto, as duas delegadas acompanharam o depoimento da amante do goleiro, Fernanda Gomes de Castro e assinaram a ata do interrogatória. A explicação da Polícia Civil é de que as duas não presidem mais o inquérito, mas podem participar das investigações – o que, certamente, servirá de munição para ÉRcio Quaresma.

O secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas, Sérgio Murilo Diniz Braga, foi na tarde de segunda-feira ao Departamento de Investigações para averiguar as denúncias da defesa de Bruno. Ele avisou, no entanto, que a apuração dos abusos não vai caminhar em uma só direção. “Todas as queixas serão investigadas. Inclusive a de que os advogados estariam perturbando as investigações. Se comprovadas irregularidades passíveis de punição administrativa, os defensores podem ser até proibidos de atuar no caso”, alertou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.