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Carnaval 2012: Beija-Flor homenageia Joãosinho Trinta

Por Da Redação
20 fev 2012, 06h31

Por Fábio Grellet

Rio – Aliando emoção à tradicional dedicação de seus componentes, a Beija-Flor se credenciou a mais um título do carnaval carioca com seu desfile nesta madrugada, no sambódromo do Rio. A escola de Nilópolis, na Baixada Fluminense, atual campeã, contou a história da capital do Maranhão, São Luís, que comemora 400 anos. O enredo foi patrocinado pelo governo do Estado do Maranhão, que pagou cerca de R$ 2 milhões para enaltecer sua capital. A governadora maranhense, Roseana Sarney, prestigiou o desfile na Sapucaí.

Para o público, porém, o grande homenageado do desfile foi Joãosinho Trinta, carnavalesco nascido em São Luís que trabalhou por 17 anos na Beija-Flor e morreu em 17 de dezembro passado. Vinte e três anos atrás, sob o comando de Joãosinho no enredo “Ratos e Urubus, larguem minha fantasia”, a escola foi obrigada pela Justiça a cobrir uma réplica do Cristo Redentor, numa alegoria que ficou famosa pela faixa “mesmo proibido, rogai por nós”. Hoje, a última das sete alegorias da Beija-Flor reproduzia o monumento coberto. No início do desfile, a escola finalmente descobriu a imagem e, em vez do Cristo, foi João que apareceu de braços abertos, para delírio da plateia. Ao redor da alegoria, havia dezenas de componentes caracterizados como mendigos, outra marca do enredo de 1989.

“É um prazer e até uma obrigação homenagearmos Joãosinho”, disse o intérprete Neguinho da Beija-Flor. Ao iniciar o canto, ele não fez a tradicional referência ao “papai”, como se refere ao bicheiro Aniz Abraão David, o Anísio. Presidente de honra da escola de Nilópolis, Anísio está preso por envolvimento com a exploração de jogos de azar.

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Antes da menção ao carnavalesco, a Beija-Flor centrou seu desfile em dois aspectos da capital maranhense: a importância dos negros africanos que, escravizados, representaram a principal mão-de-obra para a construção de São Luís, e as lendas e crendices famosas na cidade. O segundo carro alegórico reproduzia um navio cujo casco era composto por corpos com expressão de dor, numa referência ao sofrimento dos negros. Já as “assombrações” de São Luís foram representadas no quinto carro, que fazia referência às lendas da Manguda, de Ana Jansen e da serpente encantada.

A penúltima alegoria, em que eram homenageados artistas nascidos em São Luís, como Gonçalves Dias e Ferreira Gullar, teve dificuldades para ingressar na passarela do samba e provocou a abertura de espaços entre as alas, o que pode fazer a Beija-Flor perder pontos nos quesitos harmonia e evolução. Mas o problema não chegou a preocupar o diretor de carnaval, Laíla, que acompanhou o desfile a partir das primeiras alas. “A informação que tenho é que a escola passou muito bem, deu tudo certo”, afirmou. O desfile terminou com 74 minutos, oito antes do limite de 82.

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