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Campinas: vereadores querem afastar prefeito nesta quarta

Oposição acredita que conseguirá reunir votos necessários para aprovar medida; defesa de prefeito diz que tentativa é inconstitucional

Por André Vargas
14 jun 2011, 20h55

Vereadores vão tentar afastar do cargo o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), na próxima sessão da Câmara, marcada para as 18 horas desta quarta-feira. A oposição acredita que vai obter os 22 votos necessários (dois terços) para aprovar a medida, pois já conseguiu, em 23 de maio, 32 das 33 assinaturas necessárias para instalar a comissão que apura a responsabilidade do prefeito no esquema de cobrança de propinas sob investigação. Os crimes são investigados por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A principal investigada é a esposa de Dr. Hélio, Rosely Nassim Santos, que atuava como chefe de gabinete. Ela foi denunciada pelo Ministério Público por formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude licitatória. Foragida desde quinta-feira, no início da tarde desta terça teve o pedido de prisão temporária revogado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. São investigadas mais de 20 pessoas, entre funcionários públicos e empresários.

Dr. Hélio está sob constante pressão, apesar de não ser considerado suspeito pelo Gaeco. A intenção da comissão é provar que, se não teve participação nos crimes, teria errado por omissão ou leniência. “Ele nomeou a própria esposa e todo o secretariado. Portanto, tem responsabilidades nos contratos, alvarás para instalação de antenas de celular e liberação de loteamentos mediante pagamento”, afirmou o vereador Rafa Zimbaldi (PP), presidente da comissão. Em depoimento aos promotores, o ex-diretor da companhia de águas e saneamento de Campinas, a Sanasa, Luiz Castrillon de Aquino, contou que chegou a entregar dinheiro de propina na casa do prefeito. Aquino é beneficiário da delação premiada.

STF – Alertas para a movimentação dos vereadores da oposição, os representantes do prefeito estão com a resposta pronta desde a tarde de terça-feira. E prometem recorrer ao Tribunal de Justiça se o afastamento for confimado. “Qualquer tentativa de afastamento durante o processo de impedimento é inconstitucional”, declarou um de seus advogados, José Roberto Batochio. Ele alega que, além de não haver previsão na lei orgânica do município, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou todas as tentativas similares no passado.

Batochio também é um dos representantes da primeira-dama, Rosely Nassim Santos. O advogado não soube informar se Dr. Hélio esteve com sua esposa após a revogação do pedido de prisão dela. De acordo com assessoria de comunicação da prefeitura, o prefeito não voltou ao gabinete após o almoço.

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