Ferrari e festas: a história do PM acusado de tráfico na fronteira
Policiais federais prendem subtenente da Polícia Militar que comandava quadrilha com ligações com o PCC no Mato Grosso do Sul
Silvio César Molina foi preso pela Polícia Federal em 25 de junho sob a acusação de tráfico de drogas na fronteira com o Paraguai. Seria apenas mais um caso entre tantos não fossem detalhes abjetos: Molina é subtenente da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (tem mais de vinte anos de carreira e pelo menos duas condecorações por serviço exemplar). Ele é acusado de chefiar junto com a sua família uma das principais quadrilhas fornecedoras de droga para a principal facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC). A vida dupla, de subtenente da PM no estado e braço logístico de organização criminosa, durou mais de dez anos.
Molina, junto com a sua família, liderava uma quadrilha de 22 pessoas cuja tarefa era buscar drogas no Paraguai por meio das estradas vicinais não vigiadas da fronteira e trazê-las ao Brasil em carros pequenos e discretos. A mercadoria era então escondida em galpões próximos à sua fazenda, nos arredores de Mundo Novo, cidade de 18 000 habitantes, a 20 quilômetros da fronteira com o Paraguai. Quando as reservas estavam perto de lotar o espaço, Molina e seu bando mandavam carregar os caminhões, segundo apurações da PF. Com a droga camuflada sob sacos de ração de cachorro ou trigo, os veículos partiam para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Ceará. Entre 2016 e 2017, a PF chegou a interceptar 27 toneladas de maconha enviadas pelo grupo.
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