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Cacique teve olhos perfurados e órgão genital decepado, dizem índios

Parentes do chefe waiãpi autorizaram a exumação do corpo para ajudar na investigação; atuação da PF no caso é contestada por líderes do povoado

Por Edoardo Ghirotto
2 ago 2019, 07h20

Índios do povoado waiãpi, no interior do Amapá, estão assustados com a brutalidade que cercou a morte de um cacique de uma aldeia da etnia. A esposa de Emyra Waiãpi encontrou o corpo do chefe indígena no último dia 23, caído em um rio. Os relatos dos indígenas apontam que ele foi esfaqueado, teve os olhos perfurados e o órgão genital decepado. Leia a reportagem publicada em VEJA.

Os parentes de Emyra concordaram com a exumação do corpo para ajudar nas investigações, um procedimento de caráter excepcional na cultura waiãpi. De idade estimada em 68 anos, o cacique é descrito como alguém tranquilo, que mal falava português e não era afeito a visitas às cidades. A morte alarmou o povoado porque Emyra nunca se envolveu em conflitos anteriores.

Os waiãpi dizem que Emyra foi vítima de um assassinato cometido por invasores não-indígenas. Nenhum índio presenciou a morte do cacique, mas há testemunhas que dizem ter visto quatro homens armados nos arredores de uma aldeia. O Ministério Público Federal (MPF) ainda ouvirá o relato desses índios.

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Agentes da Polícia Federal que foram à região dizem não ter encontrado nenhum vestígio de invasores, mas a investigação sobre a morte de Emyra continua. “Não descartamos nenhuma hipótese”, afirmou o procurador Rodolfo Lopes.

Segundo os índios, os policiais federais ignoraram indícios de pegadas e de uma trilha aberta na mata. Também não foram utilizados drones para colher imagens aéreas. Por ora, reside na exumação do corpo a esperança de encontrar novas pistas para esclarecer o mistério do cacique.

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