Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cabral diz que Paes, Nuzman e ministro estiveram com Lamine Diack

Em depoimento no MPF, ex-governador do Rio de Janeiro admitiu encontro com dirigente senegalês, mas negou pagamento de propina para o seu filho

Por Thiago Prado
Atualizado em 7 set 2017, 16h07 - Publicado em 7 set 2017, 15h46

O ex-governador Sérgio Cabral afirmou ontem em depoimento ao Ministério Público Federal que se encontrou uma vez com o dirigente senegalês Lamine Diack, pai de Papa Diack, acusado de receber propina e favorecer o Rio de Janeiro na disputa para sediar a Olimpíada de 2016. Cabral negou qualquer negociação de suborno na reunião, mas fez questão de lembrar que participaram da conversa o ex-prefeito Eduardo Paes, o ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.

Esta semana, a operação Unfairplay desencadeada pela Polícia Federal revelou que Papa Diack recebeu depósitos no exterior no valor de 2 milhões de dólares feitos pelo empresário Arthur Soares de Menezes Filho, que embolsou 3 bilhões de reais em contratos na era Cabral. Arthur é considerado foragido pelas autoridades brasileiras. Para os procuradores, Cabral disse ser amigo pessoal do empresário, mais conhecido como “rei Arthur”, mas que não faz ideia de porque houve a operação financeira entre ele e Papa Diack. Perguntado se conhecia Lamine Diack, Cabral negou a informação em duas oportunidades.

No depoimento, o ex-governador deixou claro que queria passar a mensagem de não ter feito nenhum movimento pela candidatura do Rio sem o consentimento de Paes, Nuzman e Orlando Silva. Ele disse que teve encontros ao lado do trio com todas as autoridades que votariam na eleição de Copenhague em que participaram, além do Rio, Madri, Chicago e Tóquio. Além disso, lembrou da vez em que o quarteto apresentou a candidatura para o Comitê Olímpico Internacional em 2008.

Ao MPF ontem, Cabral adotou a mesma estratégia dos últimos depoimentos dados ao juiz Marcelo Bretas: negar todas as acusações. Disse que todos os apoios financeiros para a candidatura do Rio foram oficiais, dados principalmente por Bradesco, Embratel e o empresário Eike Batista. Também voltou a questionar os procuradores pela acusação de ser dono de 100 milhões de dólares no exterior em contas no nome do doleiro Renato Chebar. Perguntou a eles, assim como já fez com Bretas, se não era estranho deixar tanto dinheiro com outra pessoa sem qualquer assinatura ou contrato.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.