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Brigadista morreu na terceira vez em que voltou ao museu em chamas

Corpo de Ronaldo Pereira da Cruz foi velado na tarde desta terça-feira; ele teve uma parada cardíorrespiratória após ser intoxicado pela fumaça do incêndio que destruiu parte do Museu da Língua Portuguesa

Por Da Redação
22 dez 2015, 16h02

Com homenagens de bombeiros civis e militares, que foram prestar solidariedades à família, o corpo do brigadista Ronaldo Pereira da Cruz, de 39 anos, foi velado na tarde desta terça-feira, no Cemitério de Santana, também conhecido como Chora Menino, na Zona Norte de São Paulo.

“Ele queria ser bombeiro desde criança”, conta Silvio Pereira da Cruz, de 47 anos, irmão da vítima. Cruz, no entanto, trabalhou como jardineiro paisagista boa parte da vida. “Ele tinha máquinas de jardinagem, que comprou no nome da nossa mãe antes de ela morrer”, lembra outro irmão, Nilton Pereira da Cruz, de 44 anos. “Mas largou tudo quando fez o curso para ser bombeiro”, afirma.

Antes de trabalhar no Museu da Língua Portuguesa, Cruz foi brigadista de outro ponto turístico da cidade, o Museu do Ipiranga, que está fechado por falta de manutenção há cerca de um ano. Na instituição do bairro da Luz, ele trabalhava há quatro anos.

Segundo os irmãos, quanto o fogo tomou conta do edifício histórico nesta segunda-feira, Cruz entrou e saiu do prédio para ajudar os funcionários por duas vezes. Nas duas, saiu com colegas. “Na terceira vez que ele entrou, não saiu”, diz Nilton. “Disseram que ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, por causa da fumaça”, lamenta o irmão.

O tenente-coronel Denilson Storai, comandante do 2º Grupamento dos Bombeiros (GB), afirmou que ele foi encontrado na escada da torre onde começou o fogo. “Provavelmente foi o calor e a fumaça [que ocasionaram a morte]. A situação estava grave desde o início”, disse ele.

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A mulher de Pereira, Rita de Cássia Osório da Cruz, de 49 anos, com quem Cruz foi casado por seis anos, estava inconsolável durante o velório, caindo em prantos com a chegada de cada novo conhecido. Suas duas filhas, enteadas de Cruz, permaneceram o tempo todo ao lado do caixão, também chorando muito. “Eles se amavam muito. No Facebook dela, não tem nenhuma foto dela sem ele junto, nenhuma”, conta o irmão Silvio.

A última vez que o casal se viu foi cerca de duas hora antes do incêndio. De acordo com os irmãos, Rita passou no museu para deixar almoço para o marido, entregando uma marmita para ele por volta das 14 horas. Segundo os bombeiros, o incêndio que o matou teve início por volta das 16 horas.

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