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Brasil tem cinco nomes em ranking mundial de corrupção

Levantamento do Banco Mundial inclui o deputado Paulo Maluf e Daniel Dantas

Por Da Redação
15 jun 2012, 08h40

No momento em que os brasileiros acompanham o desenrolar de mais um escândalo de desvio de dinheiro público, o Banco Mundial lança um banco de dados em que cita 150 casos internacionais de corrupção. São diversas ocorrências em todo o mundo. E o Brasil não passa despercebido. Entre os representantes estão o deputado Paulo Maluf e o banqueiro Daniel Dantas.

Rede de Escândalos: Os casos de corrupção que chocaram o país

Batizado de The Grand Corruption Cases Database Project, o projeto reúne informações de casos em que foram comprovadas movimentações bancárias de pelo menos 1 milhão de dólares relacionados à corrupção e lavagem de dinheiro. A ideia teve origem em um relatório publicado pelo Banco Mundial no fim do ano passado. Segundo o estudo, a corrupção movimenta cerca de 40 bilhões de dólares por ano no mundo.

O banco de dados coloca à disposição documentos e informações dos processos de cada caso, mas não há um ranking dos mais corruptos ou de qual país concentra casos mais graves e onerosos aos cofres públicos.

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Entre os brasileiros presentes no levantamento, chama a atenção a dupla aparição do ex-prefeito da capital paulista e deputado federal, Paulo Maluf. Na primeira vez em que aparece no sistema, ele é acusado pelo procurador-geral de Nova York de movimentar 140 milhões de dólares no Banco Safra, entre 1993 e 1996. Em outro processo, é acusado de desviar dinheiro de pagamentos fraudulentos para contas em bancos em Nova York e na Ilha de Jersey, na Grã-Bretanha. O assessor de imprensa de Maluf, Adilson Laranjeira, disse nesta quinta que “Paulo Maluf não tem nem nunca teve conta no exterior”.

O relatório do Banco Mundial ainda menciona que “em março de 2007, o Sr. Maluf, seus familiares e seus companheiros foram indiciados pelo Gabinete da Promotoria do Condado de Nova York, que acusou-os de conspiração, roubo e posse ilegal de bens roubados.”

O banqueiro Daniel Dantas também é citado no banco de dados criado pelo Banco Mundial pelo caso do Grupo Opportunity, em 2008, quando teve 46 milhões de dólares bloqueados em contas na Grã-Bretanha. Em nota, o Opportunity afirma que esse relatório é datado de 2008 e está desatualizado. “Em 2008, a farsa da Satiagraha ainda não havia sido desmascarada em toda a sua extensão. Por causa de possíveis erros como esse, o Banco Mundial expressamente não garante a veracidade das informações”. A irmã de Dantas, Verônica, também aparece na lista. Ambos são acusados de lavagem de dinheiro na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.

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O fundador e ex-presidente do Banco Santos Edemar Cid Ferreira também aparece na relação. Edemar rechaçou a publicação, alertando sobre a existência de um disclamer – segundo ele, um aviso da própria instituição de que “as constatações, interpretações e conclusões expressas no banco de dados não refletem necessariamente a opinião dos diretores executivos do Banco Mundial ou dos governos que eles representam”.

O caso do propinoduto, que envolveu o ex-subsecretário de Administração Tributária do Rio Rodrigo Silveirinha Correa e outros três fiscais e quatro auditores da Receita Federal, também é citado. “Meu cliente é acusado de corrupção passiva, mas até hoje não foi identificado nenhum corruptor”, afirmou o advogado de Silveirinha, Fernando Fragoso. Segundo ele, o fiscal não tomou conhecimento da citação do seu caso na lista.

(Com Agência Estado)

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