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Brasil reage a declarações de chanceler uruguaio sobre Serra

Itamaraty convocou embaixador do Uruguai a dar esclarecimentos sobre acusação do chanceler do país, segundo quem o ministro tentou 'comprar' voto uruguaio

Por Da redação
Atualizado em 16 ago 2016, 19h23 - Publicado em 16 ago 2016, 19h15

O Ministério das Relações Exteriores convocou nesta terça-feira o embaixador do Uruguai no Brasil, Carlos Daniel Amorín-Tenconi, a dar explicações sobre as declarações do chanceler uruguaio Rodolfo Nin Novoa sobre a visita do ministro José Serra ao país. A parlamentares, Novoa disse que, na tentativa de impedir que a Venezuela assuma a presidência do Mercosul, Serra tentou “comprar” seu voto por meio de acordos comerciais. As afirmações foram tornadas públicas hoje pela edição uruguaia do jornal El Pais.

Em reunião na Comissão de Assuntos Internacionais da Câmara uruguaia, Novoa afirmou, segundo o jornal: “Não gostamos muito que o chanceler Serra tenha vindo ao Uruguai para nos dizer, e o tornou público, por isso o digo, que vinha com a pretensão de que se suspenda a transmissão [da presidência do bloco para Caracas] e de ter afirmado que, se isso ocorresse, nos levaria em suas negociações com outros países, como se quisesse comprar o voto do Uruguai”.

Novoa se referia a uma entrevista coletiva em que Serra afirmou que o Brasil fará uma ‘grande ofensiva’ comercial na África e no Irã e gostaria de levar o Uruguai – e não todo o Mercosul – como sócio. Segundo o chanceler, o governo do país ficou muito irritado com o ministro brasileiro. Ele afirmou também que o Uruguai considera ‘legítmo’ que a Venezuela assuma a presidência do bloco.

O Itamaraty divulgou nota sobre as declarações em que afirma: “Durante a visita ao Uruguai, o ministro José Serra também tratou com o presidente Tabaré Vázquez e com o chanceler Nin Novoa do potencial de aprofundamento das relações entre o Brasil e o Uruguai e de oportunidades que os dois países podem e devem explorar conjuntamente em terceiros mercados. O Brasil considera o Uruguai um parceiro estratégico”. E prosseguiu: “Nesse contexto, o governo brasileiro recebeu com profundo descontentamento e surpresa as declarações do chanceler. O teor das declarações não é compatível com a excelência das relações entre o Brasil e o Uruguai”.

A nota informa que o secretário das Relações Exteriores, Marcos Bezerra Abbott Galvão, expressou a Amorín-Tenconi o profundo descontentamento do governo brasileiro em relação ao episódio.

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