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Bombeiros podem ser punidos com até dez anos de prisão

Por Com Agência Estado
5 jun 2011, 12h01

A Polícia Militar informou que os 439 bombeiros presos após invasão do Quartel Central da corporação, na madrugada de ontem, no centro do Rio de Janeiro, podem ser condenados a penas que variam de dois a dez anos de prisão, de acordo com o Código Penal Militar. Os bombeiros participavam de um protesto por melhores condições de trabalho e de salário e invadiram o Quartel General da corporação na noite de sexta-feira. Os soldados presos foram autuados em quatro artigos do Código Penal Militar: motim; dano em viatura; dano às instalações; e impedir e dificultar saída para socorro e salvamento. Greve, nesse caso, é crime de insubordinação. Na manhã deste domingo, um grupo de bombeiros concentrou-se na escadaria da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) para protestar contra a prisão dos colegas de farda.

O governador Sérgio Cabral, que no sábado classificou os grevistas como “vândalos”, disse em nota oficial que a invasão do QG foi uma irresponsabilidade, agravada pela presença de crianças. “Invasão, por si só, já é um confronto. Com marretas, é planejar uma possível batalha. Com crianças, é um crime”, diz a nota, que informa existirem 17 mil homens na corporação no estado do Rio. Os bombeiros decidiram que ficarão aquartelados, a partir deste domingo. Só atenderão casos específicos, que ameacem a vida da população. Os militares só socorrerão grandes incêndios, vítimas de arma de fogo, batida de carro com vítima e mal súbito. Os guarda-vidas trabalharam nas praias, sem uniforme. Em nota, o Corpo de Bombeiros informa que a rotina de atendimento à população está mantida. Os homens presos foram substituídos por outros, na troca de plantão.

Uma parte dos bombeiros presos foi transferida para a unidade da corporação em Charitas, Niterói. Eles deixaram a Corregedoria da Polícia Militar, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, em três ônibus. Os coletivos foram escoltados pelo batalhão de Choque da Polícia Militar. Os bombeiros reclamaram que, em São Gonçalo, ficaram cerca de 10 horas sem receber comida e bebida.

Lindberg – O senador Lindberg Farias, do PT, se juntou aos manifestantes em frente à casa legislativa do estado para apóia-los. Ele defendeu a libertação dos presos e parabenizou os bombeiros. Ele se disse disposto a intermediar a situação dos detidos com o governo do Rio e afirmou que ligará para o governador Sérgio Cabral.

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A defesa dos militares acabou criando uma situação delicada entre o senador e o governador: na sexta-feira, ambos estavam lado a lado, à mesa com a presidente Dilma Rousseff no lançamento do convênio para liberação de cerca de 700 milhões de reais para obras nas cidades atingidas pela tragédia das chuvas de janeiro. Na noite de sábado, Cabral chamou de “vândalos” os bombeiros que haviam invadido o Quartel Central da corporação.

Invasão – Cerca de mil manifestantes invadiram o QG, na sexta, para reivindicar aumento salarial, vale-transporte e melhores condições de trabalho. No sábado pela manhã, por volta das seis horas, o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) botou abaixo o portão dos fundos do quartel e usou bombas de efeito moral. Com o tumulto, o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares Filho, foi ferido na perna.

Por causa do ocorrido, o governador do Rio, Sergio Cabral, decidiu exonerar o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Pedro Machado. Em seu lugar, assumiu o coronel Sérgio Simões, que era subsecretário de Defesa Civil do estado. No sábado, Cabral chamou os manifestantes que invadiram o quartel central de vândalos e irresponsáveis.

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