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Bombeiro está na UTI por causa de fumaça tóxica

David Marcelino passou mal após inalar a fumaça de incêndio químico em galpão de fertilizantes em São Francisco do Sul

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 set 2013, 20h41

Um bombeiro que trabalhava no combate ao incêndio químico em um armazém de fertilizantes, em São Francisco do Sul, Santa Catarina, está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Hans Dieter Schimidt, em Joinville. David Marcelino, de 59 anos, passou mal após inalar a fumaça proveniente da queima do material à base de nitrato de amônio. No último boletim médico divulgado às 18 horas de quinta-feira, o bombeiro respirava com a ajuda de aparelhos e preparava-se para passar por exames médicos.

Segundo a Agência Brasil, Marcelino foi transferido para a unidade de Joinville na madrugada desta quinta-feira após receber os primeiros socorros no Hospital Nossa Senhora das Graças, em São Francisco do Sul. Segundo a assessoria de imprensa, mais de 170 pessoas já foram atendidas desde que o incêndio começou na noite de terça-feira. Não houve nenhuma morte registrada.

O Corpo de Bombeiros tenta apagar o incêndio químico há mais de 35 horas e os trabalhos só devem terminar nesta sexta-feira. Segundo o coronel Marcos de Oliveira, a dificuldade está no fato de se tratar de uma combustão de componentes químicos, sem a ocorrência de chamas ou explosões. A queima do produto origina uma fumaça tóxica, que ao ser inalada provoca efeitos semelhantes aos do gás lacrimogêneo: tosse, olhos lacrimejantes e doloridos, pele avermelhada, náuseas, irritação na garganta e congestionamento das vias orais. A mudança na direção dos ventos também atrapalha a operação.

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Os bombeiros isolaram um raio de dois quilômetros em volta do local do incêndio – um terminal marítimo próximo à Rodovia BR-280. Cerca de 380 pessoas que moravam nas proximidades foram retiradas de suas casas e abrigadas na escola estadual Claurenice Vieira Caldeira.

A operação para conter a fumaça consiste em encharcar a carga de 10.000 toneladas de fertilizante e retirá-la do armazém com retroescavadeiras. Mais de 200 bombeiros trabalham no local, oriundos de diversas cidades de Santa Catarina, como Florianópolis, Joinville, Guaruva, Itapoá, além de São Francisco do Sul.

As equipes também criaram uma barreira com os contêineres para evitar que a fumaça atinja os profissionais, que atuam no perímetro de risco. A perícia já está no local para averiguar as causas do incidente.

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Fuga – Na manhã seguinte ao início do incêndio, a fumaça espessa de cor alaranjada propagou-se pela cidade seguindo a direção do vento. Assustada, grande parte da população fugiu do município na quarta-feira. O prefeito Luiz Roberto de Oliveira (PP) disse, em nota, que rondas policiais estão sendo feitas para evitar saques às casas abandonadas e que avisará quando for a melhor hora para regressar à cidade.

Nessa quarta-feira, foi decretada situação de emergência em São Francisco do Sul, com o objetivo de acelerar o repasse de recursos públicos à população afetada. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o secretário Nacional da Defesa Civil, Humberto Viana, acompanham os trabalhos de combate ao incêndio.

Mais de 5.000 máscaras foram distribuídas à população de São Francisco do Sul, que tem em torno de 50.000 habitantes, pela prefeitura e pela Marinha do Brasil. As aulas em São Francisco do Sul, Guaruva e Itapoá foram suspensas até sexta-feira. Segundo o meteorologista Marcelo Martins, do Centro de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), há a possibilidade de a fumaça chegar ao estado de São Paulo.

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