Bombas e vandalismo: dia de caos no Centro de São Paulo
Reintegração de posse terminou em conflito entre invasores e PM. Conflito se espalhou pelas ruas: baderneiros queimaram ônibus e saquearam lojas
Por Da Redação
16 set 2014, 16h57
O Centro de São Paulo registrou um dia de caos nesta terça-feira: uma reintegração de posse terminou em confronto entre invasores e a Polícia Militar. Integrantes do grupo de sem-teto Frente de Luta por Moradia (FML) recusaram-se a deixar o prédio invadido, localizado na Avenida São João, e atiraram objetos contra os agentes – de sofás e camas a pedaços de madeira. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. O conflito, então, espalhou-se pelas ruas ao redor – e acabou em cenas em vandalismo: um ônibus foi incendiado nas proximidades do Theatro Municipal e lojas, saqueadas.
Setenta pessoas chegaram a ser detidas, mas apenas oito permanecem presos. Seis pessoas foram feridas – cinco PMs e uma mulher grávida. Um dos agentes feridos sofreu uma lesão no olho, outro fraturou o tornozelo, um terceiro sofreu queimadura na perna e dois sofreram lesões nas pernas. Entre os presos está uma mulher apontada como responsável por incendiar o ônibus. Outros quatro são suspeitos de furto e arrastão. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Avenida São João está bloqueada entre o Largo do Paissandu e a Avenida Ipiranga. A Avenida Líbero Badaró também está interditada. Um grupo de pessoas tentou voltar ao prédio após a saída das famílias, mas foi impedido pela polícia de chegar ao local, o que provocou novos confrontos. O Batalhão de Choque está agora posicionado no Largo do Paissandu – e ainda há focos de conflito na região.
De acordo com a PM, um acordo chegou a ser firmado, mas representantes dos sem-teto alegaram que não havia caminhões para realizar a mudança em número suficiente. As famílias começaram a deixar o prédio por volta das 10h15, e não há mais invasores no local.
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A reintegração de posse foi determinada pela 25ª Vara Cível do Foro Central a pedido do proprietário do imóvel. O prédio de vinte andares foi invadido há seis meses pelo FML. Pela manhã, policiais tentavam um acordo para a desocupação pacífica de cerca de 200 famílias, mas a tentativa não foi bem-sucedida. No dia 27 de agosto, a ação foi suspensa porque os oficiais de Justiça avaliaram que a quantidade de caminhões e transportadores não era suficiente.
(Com Estadão Conteúdo)
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