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Bolsonaro comemora ostracismo do MST

Presidente diz que estratégia de esvaziar o poder do movimento foi bem-sucedida

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 set 2021, 09h27

Na entrevista que concedeu a VEJA na última quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro comemorou o que ele considera ser o ostracismo do MST durante seu governo. Bolsonaro deixou bem claro que o esvaziamento do movimento social foi uma estratégia milimetricamente estudada pela sua administração.

Desde o início do mandato, Jair Bolsonaro começou a cortar fortemente o dinheiro público com o qual os governos do PT abasteciam ONGs ligadas ao movimento social. Além disso, Bolsonaro reduziu quase a zero os assentamentos da reforma agrária e passou a distribuir títulos de propriedade para as famílias já assentadas.

“Por que não tem mais invasão do MST? Praticamente quase que zerou”, disse Bolsonaro. “Primeiro que eu cortei dinheiro de ONG para eles. ‘Pô, mas tem ONG boa’. Lamento, é igual um câncer”. O presidente disse que nos assentamentos da reforma agrária as próprias famílias demonstraram que o maior interesse era por títulos de propriedade, que além de permitir financiamento em bancos com as escrituras, valoriza a terra.

Com a titulação de terras e com o corte do dinheiro para as ONGs que financiavam os movimentos, Bolsonaro diz que conseguiu acabar ao mesmo tempo com as invasões e com os protestos do MST. “Não passa mais um ‘buzão’ na frente da propriedade onde o cara tá, o cara é obrigado a entrar num ônibus aqui para invadir lá, isso acabou”, disse Bolsonaro. “Paz para o campo. Não é à toa que o campo está comigo”.

Durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002, o MST realizou 2.442 invasões de terras no país. Nos dois mandatos de Lula, de 2003 a 2010, o movimento invadiu 1.968 propriedades rurais. No mandato e meio de Dilma, de 2011 a 2016, foram 969 invasões. No curto período de governo Temer, foram 54 invasões. Até abril deste ano, o MST tinha realizado 14 invasões em todo o governo Bolsonaro, uma queda muito brusca em relação a anos anteriores.

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