Por Roberta Pennafort
Rio – A Bienal do Livro do Rio, que se encerra às 22 horas de hoje, recebeu, em 11 dias, 670 mil pessoas, um público 5% maior do que o registrado em 2009. O faturamento também cresceu: foram comprados R$ 58 milhões em livros, contra os R$ 51,5 milhões da edição anterior. Isso porque, apesar da queda do preço médio de cada um, de R$ 21,40 para R$ 20,60, o número de exemplares comercializados passou de 2,4 milhões para 2,8 milhões (média de 5,5 unidades por pessoa, ante 4,8 unidades de 2009).
Outro dado positivo, num momento em que se discute o baixo índice de leitura entre os educadores, foi a grande quantidade de professores presentes: 80 mil, que tiveram entrada gratuita. O índice é 15% maior do que o de dois anos atrás. “Foi a melhor Bienal de todos os tempos”, comemorava, há pouco, Sonia Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, que realiza a feira com a Fagga/GL Eventos.
Foi, também, um aprendizado, ressalvou o presidente da GL, Arthur Repsold. Ele citava o desconforto gerado no dia 7 de setembro pela superlotação: 110 mil pessoas – recorde das 15 edições – lotaram o Riocentro, cerca de 15 mil levadas pela presença do Padre Marcelo Rossi, best-seller de 6 milhões de livros que passou dez horas no estande da editora Globo. Faltou água e vagas no estacionamento, os caixas eletrônicos pifaram e as filas ficaram quilométricas. “Tem um limite, sim, para o crescimento da Bienal. Quarta-feira fugiu do nosso controle. A editora fez uma campanha paralela no rádio da qual não tivemos conhecimento. Vamos ter que criar regras para autores que não estão na programação oficial”, disse Repsold.