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Beltrame: policial que recebeu propina vai “para a rua”

Por Da Redação
14 set 2011, 20h20

Por Alfredo Junqueira

Rio – O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, declarou hoje que pretende “botar na rua” os policiais acusados de receber propina de traficantes na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa, no centro da capital fluminense.

Beltrame afirmou que a investigação sobre o caso de corrupção foi iniciada pela própria secretaria, e que a pasta tem mecanismos de controle para evitar que esse tipo de desvio se repita.

“Vamos punir, botar essas pessoas na rua e prosseguir com o projeto”, disse o secretário, antes de participar do seminário “UPP: um novo modelo de segurança pública?”, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo jornal “Folha de S. Paulo”. “O que posso dizer é que esse trabalho de investigação foi feito por nós e protagonizado por nós. Essas pessoas vão ser punidas por nós e possivelmente vão para a rua.”

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O caso de pagamento de propina a policiais da UPP da Coroa, Fallet e Fogueteiro foi revelado no domingo, 11. O comandante e o subcomandante da unidade foram afastados no mesmo dia pela Secretaria de Segurança.

Propinas

De acordo com as investigações, os policiais recebiam propinas mensais que variavam de R$ 400 a R$ 2 mil para permitir que traficantes continuassem a atuar nas comunidades.

Durante o seminário, a socióloga Julita Lemgruber apresentou dados da pesquisa “UPP: o que pensam os policiais”, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, e destacou que 70% dos agentes ouvidos prefeririam não trabalhar nas unidades pacificadoras, mas em batalhões tradicionais. Foram 359 entrevistados em novembro e dezembro do ano passado.

A maior parte dos policiais ouvidos, 63,7%, disse que não pretende continuar na corporação. Já estão procurando trabalho melhor, 22,3%; ou declararam que desistirão da carreira se tiverem outra oportunidade, 41,4%. Para 50,1% dos entrevistados, a pior parte das UPPs é a falta de condições de trabalho.

A FGV também apresentou os resultados de uma pesquisa “Mais Justiça e Sociedade”, realizada nas comunidades do Cantagalo, que tem UPP, e Vidigal, que não tem. Para 71% dos moradores do Cantagalo, a segurança melhorou com a pacificação e a nota média dada ao tratamento dispensado pela polícia é de 6,2. No Vidigal, 41% dos moradores acreditam que a segurança melhorará com a chegada da UPP. Na comunidade, a nota do tratamento da polícia fica em 4,7.

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