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Barco com 250 emigrantes naufraga na costa da Indonésia

Por Por S. Arif
18 dez 2011, 10h58

Uma embarcação com 250 afegãos e iranianos que sonhavam em ir para a Austrália naufragou na costa da ilha indonésia de Java, causando provavelmente a morte da maioria dos passageiros.

Dos passageiros que viajavam no barco, 33 deles já foram resgatados – 30 homens, uma mulher e duas crianças – e estão recebendo assistência na cidade de Prigi, no leste de Java, a 30 km do local do naufrágio, disse à AFP Kelik Purwato, membro das operações de salvamento do distrito de Trenggalek.

Esta nova tragédia – um ano depois do naufrágio de outro barco de emigrantes que iam para a Austrália – provocou uma onda de indignação entre as associações australianas de ajuda aos refugiados, que questionam a política de imigração de seu país.

“O barco naufragou no sábado à noite. Foram iniciados os trabalhos de busca, mas as difíceis condições meteorológicas fazem com que a visibilidade seja muito reduzida”, declarou à agência estatal da Indonésia Antara um membro da equipe de resgate, Brian Gauthier.

Os demais “devem ser evacuados o quanto antes. Não poderão aguentar durante muito tempo em meio ao mar”, advertiu Gauthier.

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As autoridades acreditam que o barco pode ser uma embarcação de pesca tradicional com capacidade para uma centena de passageiros, embora alguns dos resgatados tenham afirmado que cerca de 250 pessoas estavam a bordo.

Em relação aos outros passageiros, “é muito provável que tenham se afogado”, declarou o porta-voz da Agência Nacional de Resgate, Gagah Prakoso. “Enviamos quatro barcos e dois helicópteros, mas não vimos ninguém”.

“É impossível, inclusive para um bom nadador equipado com um colete salva-vidas, voltar à costa em tais condições meteorológicas. Quando os barcos naufragam, os corpos sobem à superfície no terceiro dia”, acrescentou.

Armaghan Haidar, um estudante afegão de 17 anos que sobreviveu, disse que estava dormindo quando sentiu o barco se mover violentamente devido à tempestade.

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“Senti água em meus pés e isso me despertou. O barco afundava, as pessoas estavam em pânico, gritavam, tentavam sair”, disse à AFP em um abrigo de Prigi Beach, um balneário da costa sul, situado 640 km a sudeste de Jacarta.

“Consegui sair do barco e me agarrar com outros cem na parte externa. Outros cem ficaram presos no interior”, acrescentou.

Os sobreviventes contaram que vinham, assim como os que agora estão desaparecidos, do Irã e do Afeganistão. Pagaram aos traficantes entre 2.500 e 5.000 dólares por sua viagem à Austrália.

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