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Banco devolve R$ 52 milhões à prefeitura de SP por transação de Maluf

De acordo com o Ministério Público, valor se refere à parte do dinheiro desviado em obras públicas na época em que Maluf era prefeito da cidade

Por Da Redação
10 dez 2014, 14h04

Como parte de um acordo feito com o Ministério Público do Estado de São Paulo para evitar uma ação judicial, o Deutsche Bank depositou nesta quarta-feira um valor de 20 milhões de dólares (cerca de 52 milhões de reais) nas contas da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado. Segundo o Ministério Público, o dinheiro corresponde à parte do montante desviado de obras da Avenida Água Espraiada e do Túnel Ayrton Senna realizadas na época em que o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) era prefeito da capital, entre 1993 e 1996. Os desvios teriam sido movimentados por familiares do então prefeito em uma agência do banco alemão na Ilha de Jersey.

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Conforme previa o acordo, a maior parte do dinheiro (18 milhões de dólares) foi repassada à prefeitura. Em nota, a administração municipal informou que recebeu os recursos e os aplicará na construção de creches. O restante do dinheiro (em torno de 2 milhões de dólares) foi repassado aos cofres do Estado para cobrir gastos que o Ministério Público teve com a investigação.

Com a efetuação do pagamento, o banco visa “evitar qualquer discussão” sobre transações bancárias feitas pela família de Maluf em contas de empresas de fachada – o acordo foi homologado pela Justiça de São Paulo em outubro deste ano. A promotoria estima que foram movimentados cerca de 200 milhões de dólares na agência do banco alemão. Desse valor, 93 milhões de dólares teriam sido posteriormente investidos na Eucatex, empresa que pertencia a familiares de Maluf, entre 1997 e 1998.

Os investigadores concluíram que o Deutsche Bank ganhou 1 milhão de dólares com a movimentação financeira. Para evitar ser alvo de uma ação civil pública, o banco se comprometeu a pagar uma quantia vinte vezes maior do que a recebida, a título de indenização por danos materiais e morais sofridos pela gestão municipal. O Ministério Público acusa o banco de ter sido negligente por não ter investigado a movimentação de um valor tão alto.

A assessoria de imprensa de Paulo Maluf negou que o parlamentar tenha mantido dinheiro em contas no exterior e salientou que o seu nome não consta no processo da Ilha de Jersey. A assessoria também comentou que espera que o município faça “bom proveito” do dinheiro.

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