Em greve desde quarta-feira, os bancários se reúnem nesta sexta para definir os rumos da paralisação. Na quinta, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou que a adesão à greve é de 25%, ou seja, 4.895 agências, das 19.800 em todo o país, não abriram as portas no segundo dia de paralisação.
A quantidade de unidades que aderiram à greve na quinta é 26% maior que no primeiro dia de paralisação, quando 3.864 agências não trabalharam. Além das agências, a maior parte dos centros administrativos não está operando. A Contraf-CUT, no entanto, não sabe dizer quantos estão parados.
A greve foi decidida na terça, em assembleias que rejeitaram a oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,29%, que repõe a inflação acumulada em 12 meses até agosto. A categoria foi orientada pelo Comando Nacional dos Bancários a rejeitar a proposta e decidir pela paralisação. É o sétimo ano consecutivo em que os bancários decidem entrar em greve no país.
São 460.000 bancários no Brasil, dos quais 130.000 na base de São Paulo, Osasco e região. A categoria pleiteia 5% de aumento real, além da reposição da inflação de 4,29%, que compõem um índice de reajuste salarial de 11%. Pedem ainda prêmio de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) equivalente a três salários mais 4.000 reais e o fim do que classificam como metas abusivas e assédio moral, entre outras reivindicações.
Magnus Ribas Apostólico, diretor da Fenaban, afirma que os banqueiros estão dispostos a negociar e garante que o sindicato dos bancários não quer conversar. “Eles só falam: 11%, 11%, 11%. Esse reajuste não vai ocorrer”, diz. Para pressionar a Fenaban, os bancários fizeram uma passeata no fim da tarde de quinta no centro de São Paulo.
(Com Agência Estado)