Balas perdidas: mais feridos e menos mortos no Rio
Instituto de Segurança Pública registrou 61 casos no primeiro semestre de 2012, dois deles com morte
O número de vítimas de bala perdida aumentou no primeiro semestre deste ano no Rio de Janeiro, em comparação com o mesmo período de 2011. O levantamento divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) nesta terça-feira mostra que 61 pessoas foram alvejadas em 2012, contra 57 no ano passado. Desta vez, no entanto, foi menor o número de casos fatais. De janeiro a junho, dois morreram. Em 2011, chegou a seis. A área com maior incidência de bala perdida foi a capital fluminense, nos dois anos.
Os dois mortos em 2012 eram jovens do sexo masculino que estavam em via pública. Um deles foi atingido por uma bala que, segundo o ISP, partiu de um confronto entre criminosos. O outro tiro que atingiu a segunda vítima aconteceu em um baile de carnaval.
O ISP considerou as vítimas por balas perdidas aquelas que não tinham participação ou influência sobre o evento de onde foi disparado o tiro. O estudo levou em conta o número de vítimas preenchido como “Dinâmica dos fatos” nos Registros de Ocorrência Policial (RO), feito nas delegacias. O RO pode ter mais de uma vítima. O levantamento atenta para a possibilidade de o registro não representar exatamente a quantidade de vítimas por bala perdida.
“É necessário observar que o preenchimento dos RO é subjetivo a quem relata o fato e a quem faz o Registro. Portanto, alguns casos de homicídio e lesão corporal que seriam caracterizados como decorrentes de ‘bala perdida’ podem não apresentar esse termo no registro. O mesmo pode ocorrer em certos casos identificados inicialmente como ‘bala perdida’ e, após a investigação, resultarem em outra dinâmica”, informa o ISP.