“Até hoje ele recebe mesada do tio”, diz Paes sobre Crivella

A corrida eleitoral nem bem começou e a principal rivalidade já foi exposta. O prefeito Eduardo Paes versus o senador Marcelo Crivella

Por Cecília Ritto SEGUIR SEGUINDO , Thiago Prado SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 21 ago 2016, 16h15 - Publicado em 21 ago 2016, 14h58

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, vota no Gávea Country Club, em São Conrado — Eleições começam no Rio com uma disputa acirrada entre Paes, querendo eleger Pedro Paulo, e Marcelo Crivella (José lucena/Folhapress)

A campanha eleitoral começou oficialmente no último dia 18 e, no Rio de Janeiro, a disputa será dura. O prefeito Eduardo Paes (PMDB), que quer emplacar como sucessor Pedro Paulo Carvalho, seu braço direito, encerra o mandato de oito anos com uma bem sucedida Olimpíada e seus efeitos positivos sobre a cidade. Neste momento, porém, Pedro Paulo ainda patina nas pesquisas, enquanto o senador Marcelo Crivella (PRB) está no topo das sondagens.

O tiroteio entre Paes e Crivella já começou. O senador tem batido na tecla de que os Jogos custaram rios de dinheiro e foram um baque para o caixa municipal. O prefeito rebate ao seu estilo: “Ele não sabe fazer conta. Até hoje ganha mesada do tio”, fala ao site de VEJA. Paes se refere ao bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, tio de Crivella.

No primeiro dia de campanha, quinta-feira passada, o senador acusou o prefeito de tirar dinheiro da área da saúde para investir na Olimpíada. “Para fazer os Jogos, a prefeitura investiu menos um bilhão de reais na Saúde, se comparar os números do primeiro governo do Eduardo com o segundo”, atirou Crivella.

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A troca de farpas promete esquentar, quando o prefeito entrar, de fato, na corrida eleitoral para promover o seu candidato. Para fazer de Pedro Paulo seu sucessor, Paes terá de trabalhar para minimizar a rejeição de seu escolhido, que chega a quase 20% segundo a medição do Instituto Paraná. O que pesa mais é a história da suposta agressão à ex-mulher. O Supremo Tribunal Federal arquivou o caso, mas a mancha permanece.