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As relações familiares de Jaques Wagner no TCE da Bahia

Mônica Wagner, filha do petista, é assistente de conselheiro do TCE que se absteve de votar no caso que apontava superfaturamento do Arena Fonte Nova

Por Eduardo Gonçalves
Atualizado em 28 fev 2018, 12h35 - Publicado em 27 fev 2018, 13h58

A Operação Cartão Vermelho, que investiga o suposto pagamento de propina ao ex-ministro petista Jaques Wagner, tem como base o contrato de reconstrução da Arena Fonte Nova para a Copa do Mundo, em 2014. A perícia da Polícia Federal apontou um superfaturamento de 450 milhões de reais na licitação vencida pela Odebrecht e OAS. O valor se equipara aos 460 milhões de reais de sobrepreço indicado pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia, que, em abril de 2016, considerou o contrato ilegal em votação apertada por 3 a 2.  O conselheiro e relator do caso, Pedro Henrique Lino, chegou a propor a nulidade da Parceria Público Privada, mas foi voto vencido.

Desde janeiro de 2015, o ex-ministro tem um aliado “de sangue” dentro do TCE – sua filha Mônica Wagner foi nomeada para cargo comissionado de assistente da presidência do tribunal. Hoje, ela está lotada no gabinete do conselheiro Inaldo da Paixão Santos Araújo, que, na época do julgamento, era presidente — e se absteve de votar no caso que apontava superfaturamento do estádio.

Nesta segunda-feira, o apartamento de Wagner e o escritório onde ele trabalha na secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico foram vasculhados pelos agentes da PF – a corporação chegou a pedir a prisão temporária do ex-governador da Bahia, mas o requerimento não foi atendido pela Justiça. Segundo a investigação, ele é suspeito de receber 82 milhões de reais em propina e caixa dois. Wagner nega as acusações, dizendo que “há incompreensão” tanto por parte do TCE como da PF.

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Outro lado

Em nota, o TCE da Bahia afirma que Mônica Wagner reúne os pré-requisitos e qualificações necessárias para o exercício do cargo e que o órgão cumpriu todas as normas legais para sua nomeação.  “A servidora exerce suas funções com regularidade e diligência.”

O TCE acrescenta que o ex-governador Jaques Wagner não foi elencado no processo referente ao Contrato de Parceria Público-Privada na Modalidade Concessão Administrativa para Reconstrução e Exploração do Estádio da Fonte Nova.

Também explica que o conselheiro Inaldo Paixão não se absteve de participar da votação. “O conselheiro não votou porque, segundo o Regimento Interno, o presidente só vota em caso de empate, o que não ocorreu”, diz a nota do TCE.

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