O Senado aprovou na quarta-feira a medida provisória que aumenta de 500 para 1.500 hectares a área da Amazônia Legal que pode ser concedida pela União para uso rural sem a necessidade de licitação. A proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo presidente Lula, também permite que 20% da área concedida seja desmatada.
A votação foi marcada pela oposição da ex-ministra do Meio Ambiente, a senadora Marina Silva (PT-AC). Ela chegou a dizer que o único objetivo da MP era legalizar a grilagem na Amazônia. “Estamos tornando legais aqueles que se apropriam, que grilam terras. Amanhã uma nova lei poderá surgir e ampliar a área. Estamos indo na contramão de tudo que vem sendo feito no Plano de Combate ao Desmatamento”, afirmou a senadora. O relator da MP e líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-PR), afirmou que a MP só vai legalizar uma situação que já existe. “O povo do meu estado não grila terra, é só ocupante de terra pública, disse ele.