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Após quase 17 anos, 4 vão a júri pela morte de PC Farias

Seguranças do empresário são acusados de omissão, já que deveriam zelar por sua segurança. PC e a namorada foram mortos a tiros em 23 de junho de 1996

Por Da Redação
6 Maio 2013, 08h22

Quase 17 anos após a morte do empresário Paulo César Farias, o PC, e de sua namorada, Suzana Marcolino, começa nesta segunda-feira o julgamento de quatro acusados de envolvimento no caso. O casal foi encontrado morto a tiros em 23 de junho de 1996, na casa de praia do empresário, em Maceió. As circunstâncias do crime nunca foram esclarecidas.

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Inicialmente, a polícia defendeu a tese de que Suzana matou o namorado e, então, tirou a própria vida. Mas após a elaboração de novos laudos, cresceu a suspeita que a morte do casal teria sido um duplo homicídio. Em 1999, quatro seguranças do empresário e o irmão de PC, Augusto Farias, foram indiciados pelo crime. Augusto foi apontado como o mandante.

À época deputado federal pelo PPB (hoje PP), Augusto contou com foto privilegiado e seu caso foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal, que acabou decidindo pelo arquivamento em 2002, após um parecer favorável do Ministério Público Federal.

Já os quatro seguranças não conseguiram que seus processos fossem arquivados. Segundo a promotoria, eles são acusados de participação ou terem sido omissos, uma vez que deveriam zelar pela segurança de PC. No momento do crime, eles eram, além de Suzana, as únicas pessoas presentes na mansão do empresário. Já que o Ministério Público não crê na tese de crime passional, a suspeita recaiu sobre os seguranças.

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De acordo com informações do Tribunal de Júri do Fórum de Maceió à Agência Brasil, o julgamento começará às 13 horas. A sentença só deve ser proferida pelo juiz Maurício Breda, da 8ª Vara Criminal, daqui a quatro ou cinco dias. Serão julgados Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva. No total, serão ouvidas mais de 25 testemunhas entre acusação e defesa.

PC Farias foi a cabeça do esquema corrupto instaurado no governo Collor no início dos anos 90. Em troca de dinheiro, facilitava a vida de empresários interessados em tocar obras públicas, aproveitando-se da influência que exercia sobre o então presidente. PC nomeou, demitiu e influenciou as decisões do governo. Comandando um esquema de poder paralelo, traficou influência e desviou recursos públicos, como ficaria provado por uma série de documentos revelados por VEJA naquele tempo.

Em 1993, ao ter sua prisão preventiva decretada, PC fugiu do país para a Tailândia – e voltou algemado. No ano seguinte, foi condenado a sete anos de prisão por falsidade ideológica e sonegação fiscal, mas fugiu do país em seguida. Cumpriu um ano e meio de prisão, até obter a liberdade condicional por decisão do Supremo Tribunal Federal. Fora da cadeia, tentou retomar sua vida como empresário, até que foi encontrado morto.

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